IBEJI

ORIXÁ ÍBÉJÌ
 
Ibejis são divindades gêmeas infantis, é um orixá duplo e tem seu próprio culto, obrigações e iniciação dentro do ritual. Divide-se em masculino e feminino - gêmeos.
Por serem poucos cultuados, e quase não haver iniciados e iniciadores no Brasil, poucas nações conhecem os segredos do culto dos mesmos.
Sendo que no batuque, respondem e possuem filhos, principalmente aqueles que ao nascer perderam algum irmão (gêmeo), ou tiveram problemas de parto. Em algumas casas de candomblé e batuque são referidos como erês (crianças) que se manifestam após a chegada do orixá, em outras são cultuados como xangô e ou oxum crianças. Porém na verdade são orixás independentes dos erês. Por serem gêmeos, estão ligados ao princípio da dualidade e de tudo que vai nascer, brotar e criar. 

IBEJI DEUSES DA ALEGRIA E DA PUREZA SAUDAÇÃO: IBEJI OMÓ OLÓRUM OU IBEJI ERÓ! DIA DA SEMANA: TERÇA-FEIRA, DOMINGO. CORES: DIVERSAS, AS MAIS UTILIZADAS VERMELHO, BRANCO, AZUL E AMARELO. DOMÍNIO: TUDO QUE NASCE. (NASCER DE RIOS, BROTOS DE PLANTAS, nascer de novas vidas, ETC.) AXÉ (FORCA EMANADA): CRESCIMENTO E FORMAÇÃO DE TUDO QUE É NOVO. dualidade da vida, da justica do mundo. ADORNO: NÃO TEM. IBEJIS SÃO DIVINDADES GÊMEAS INFANTIS, É UM ORIXÁ DUPLO E TEM SEU PRÓPRIO CULTO, OBRIGAÇÕES E INICIAÇÃO DENTRO DO RITUAL. DIVIDE-SE EM MASCULINO E FEMININO,(GÊMEOS). no oyó cultua-se como erês ligado a qualidades de xangô e oxun. popularmente conhecido como xangô e oxun de ibeji. Os orixás gêmeos protegem os que ao NASCER PERDERAM ALGUM IRMÃO (GÊMEO), OU TIVERAM PROBLEMAS DE PARTO. EM ALGUMAS CASAS DE CANDOMBLÉ E BATUQUE SÃO REFERIDOS COMO ERÊS (CRIANÇAS) QUE SE MANIFESTAM APÓS A CHEGADA DO ORIXÁ chamados de axé erês ou axêros. EM OUTRAS SÃO CULTUADOS COMO XANGÔ E OU OXUM CRIANÇAS. PORÉM NA VERDADE SÃO ORIXÁS INDEPENDENTES DOS ERÊS. POR SEREM GÊMEOS, ESTÃO LIGADOS AO PRINCÍPIO DA DUALIDADE E DE TUDO QUE VAI NASCER, BROTAR E CRIAR. ARQUÉTIPOS: JOVENS, BRINCALHÕES, IRREVERENTES E ENÉRGICOS. MESMOS OS ADULTOS FILHOS DESTE ORIXÁ, POSSUEM CARACTERÍSTICAS INFANTIS. LENDAS: EXISTIAM NUM REINO DOIS PEQUENOS PRÍNCIPES GÊMEOS QUE TRAZIAM SORTE A TODOS. OS PROBLEMAS MAIS DIFÍCEIS ERAM RESOLVIDOS POR ELES; EM TROCA, PEDIAM DOCES BALAS E BRINQUEDOS. ESSES MENINOS FAZIAM MUITAS TRAQUINAGENS E, UM DIA, BRINCANDO PRÓXIMOS A UMA CACHOEIRA, UM DELES CAIU NO RIO E MORREU AFOGADO. TODOS DO REINO FICARAM MUITO TRISTES PELA MORTE DO PRÍNCIPE. O GÊMEO QUE SOBREVIVEU NÃO TINHA MAIS VONTADE DE COMER E VIVIA CHORANDO DE SAUDADES DO SEU IRMÃO, PEDIA SEMPRE A ORUMILÁ QUE O LEVASSE PARA PERTO DO IRMÃO. SENSIBILIZADO PELO PEDIDO, ORUMILÁ RESOLVEU LEVÁ-LO PARA SE ENCONTRAR COM O IRMÃO NO CÉU, DEIXANDO NA TERRA DUAS IMAGENS DE BARRO. DESDE ENTÃO, TODOS QUE PRECISAM DE AJUDA DEIXAM OFERENDAS AOS PÉS DESSAS IMAGENS PARA TER SEUS PEDIDOS ATENDIDOS
ERÊ

                                                           
Mariazinha nasceu em uma cidadezinha do interior,seus pais não tinham muitas posses,ela era filha de lavrador.Mariazinha cresceu correndo pelo mato, brincando com borboletas, e gafanhoto,e também ocupava o seu tempo,fazendo colares de sementes.Era uma menina contente, com a vida que tinha, mas, uma coisa horrorosa aconteceu com Mariazinha.Um dia ela estava brincando no fundo do seu quintal, de repente, ela ouviu um barulho que vinha do matagal, parecia som de galhos quebrados.Mariazinha levantou, olhou, e pensou:-Deve ser algum animalzinho correndo do perigo!Se afastou do seu quintal e entrou no matagal, mas, foi agarrada e imobilizada, por braços fortes e mãos calosas.Mariazinha foi jogada no chão e sem nenhuma piedade do seu agressor, foi abusada e estuprada. Depois do ato, o seu agressor se enveredou pelo mato. Mariazinha, ensanguentada e sentindo muita dor, voltou para o seu quintal.Desde aquele fatídico dia Mariazinha nunca mais brincou, nunca mais sorriu.A menina que vivia contente, agora estava diferente, vivia se escondendo pelos cantos e se desmanchando em prantos.Mariazinha perdeu o encanto pela vida, agora não queria mais viver só pensava em morrer.

Todo orixá está ligado a um ou vários Exus assim como a um Ere.

A palavra Eré vem do yorubá iré que significa "brincadeira, divertimento". Daí a expressão siré que significa “fazer brincadeiras”.
O Ere(não confundir com criança que em yorubá é omodé) aparece instantaneamente logo após o transe do orixá, ou seja, o Ere é o intermediário entre o iniciado e o orixá.
Durante o ritual de iniciação, o Ere é de suma importância pois, é o Ere que muitas das vezes trará as várias mensagens do orixá do recém-iniciado. O Ere na verdade é a inconsciência do novo omon-orixá, pois o Ere é o responsável por muita coisa e ritos passados durante o período de reclusão.
O Ere conhece todas as preocupações do iyawo, também, aí chamado de omon-tú ou “criança-nova”. O comportamento do iniciado em estado de “Ere” é mais influenciado por certos aspectos de sua personalidade, que pelo caráter rígido e convencional atribuído a seu orixá.
Após o ritual do orúko, ou seja, “nome de iyawo” segue-se um novo ritual, ou o reaprendizado das coisas.
Os vários nomes de Ere
Cada Ere traz um nome inspirado no arquétipo ou natureza do orixá ao qual está submetido, por exemplo:
* “Foguete” ou “Trovãozinho” para Xangô
* “Ferreirinho” para Ogun
* “Pingo de Ouro” para Oxum e assim por diante.
Agora, esses nomes não serão os mesmos em cada iyawo. Cada Ere trará um nome que, como expliquei, será inspirado no arquétipo ou natureza do orixá a que está submetido.

XANGÔ IBÊJE
Ibêje, na Nação Ijexá, cultuada no sul do Brasil, são entidades Gêmeas que formam um único orixá, permanentemente duplo, (formado por duas entidades distintas), que coexistem, representando o princípio básico da dualidade. São Orixás crianças; seu assentamento é feito em "vultos" (orixás feito em madeira). São os Deuses gêmeos de grande prestígio no sul , como em todo Brasil, a maior homenagem aos ibêjes consiste numa mesa (toalha arreada no chão) na qual se serve somente crianças até sete anos de idade, para comerem canja feita das aves que foram sacrificadas aos ibêjes , e doces de toda qualidade, ganham brinquedos, balas, pirulitos etc..., é uma qualidade de Xangô; seu axé é o amala com carne de peito bem picadinha com mostarda, brinquedos; Amala feito das aves que lhe foram oferecidas, guaraná e tudo que as crianças gostam; seu sincretismo é com Cosme e Damião.

Estereótipo de Íbéjì
Seus filhos são pessoas com temperamento infantil, jovialmente inconseqüente, nunca deixam de ter dentro de si a criança que já foram. Costumam ser brincalhonas, sorridentes, irrequietas - tudo, enfim, que se possa associar ao comportamento típico infantil. Muito dependentes nos relacionamentos amorosos e emocionais em geral, podem então revelar-se teimosamente obstinadas e possessivas. Ao mesmo tempo, sua leveza perante a vida se revela no seu eterno rosto de criança e no seu modo ágil de se movimentar, sua dificuldade em permanecer muito tempo sentado, extravasando energia. Podem apresentar bruscas variações de temperamento, e certa tendência a simplificar as coisas, especialmente em termos emocionais, reduzindo, à vezes, o comportamento complexo das pessoas que estão em torno de si a princípios simplistas como "gosta de mim - não gosta de mim". Isso pode fazer com que se magoem e se decepcionem com certa facilidade. Ao mesmo tempo, suas tristezas e sofrimentos tendem a desaparecer com facilidade, sem deixar grandes marcas. Como as crianças em geral, gostam de estar no meio de muita gente, das atividades esportivas, sociais e das festas.

OFERENDA A SÃO COSME E SÃO DAMIÃO.
Bandeja enfeitada de azul e rosa,
Maria mole,
Doces,
Brinquedinhos,
Guaraná,
01 bico azul e 01 bico rosa,
01 vela azul e 01 vela rosa.
Oferecer em um jardim florido, formulando pedidos para as crianças e pelos que precisam restabelecer a saúde.

CARURÚ
Preparo: 30 minutos
Cozimento: 30 minutos
Para 6 a 8 pessoas
Acompanhamentos: arroz, farofa de azeite-de-dendê,  

xinxim de galinha, vatapá.
 INGREDIENTES
- 1/4 Kg de camarão seco defumado
- 1 xícara (chá) de castanha de caju moída
- 1 xícara (chá) de amendoim torrado moído
- 1 cebola ralada
- 3 tomates sem pele nem sementes
- 1 maço de cheiro verde picado
- 1 litro de água fervente
- 1 Kg de quiabo cortados em cruz
- sal
- pimenta-do-reino
- 1 xícara (chá) de azeite-de-dendê
PREPARO
1. Deixe o camarão de molho em água fria por uma hora. Passe no
liquidificador e junte a castanha de caju, o amendoim, a cebola, e
os tomates bem picados. Adicione, por último, o cheiro verde e reserve.
2. Lave o quiabo várias vezes e escorra-o numa peneira. Coloque na água
fervente e ponha sal e pimenta. Ferva por 10 minutos.
3. Acrescente a mistura de camarão e temperos. Deixe no fogo por 20
minutos, mexendo sempre. Cinco minutos antes de tirar do fogo, acrescente
o azeite-de-dendê.
4. Sirva.