OS ORIXÁS

ORIXÁ OXUMARÊ
Dia: Terça-feira
Data: 24 de Agosto
Metal: Ouro e Prata mesclado.
Pedra: Topázio, esmeralda, diamante
Cor: Amarelo mesclado com verde ou amarelo pintado com preto.
Comida: Ovos cozidos com azeite de dendê, farinha de milho e camarão seco.
Símbolo: Duas serpentes de ferro.
OXUMARÉ, filho mais novo e preferido de NANÃ, irmão de OMULU. É uma entidade branca muito antiga, participou da criação do mundo enrolando-se ao redor da terra, reunindo a matéria e dando forma ao Mundo. Sustenta o Universo, controla e põe os astros e o oceano em movimento. Rastejando pelo Mundo, desenhou seus vales e rios. É a grande cobra que morde a cauda, representando a continuidade do movimento e do ciclo vital. A cobra é dele e à por isso que no CANDOMBLÉ não se lha mata. Sua essência e o movimento, a fertilidade, a continuidade da vida. A comunicação entre o céu e a terra é garantida por OXUMARÉ. Leva a água dos mares, para o céu, para que a chuva possa formar-se - é o arco-íris, a grande cobra colorida. Assegura comunicação entre o mundo sobrenatural, os antepassados e os homens e por isso à associa do ao cordão umbilical. Sua cor é o verde alface e todas as combinações do arco-íris.
Seu dia é terça-feira e a oferenda predileta é tatu, galo e frutas frescas. É bi-sexual e com aspecto feminino, dança com o ADÉ (coroa das rainhas). É homem durante seis meses e mulher outros seis meses. É dono das riquezas escondidas na floresta, nas entranhas da terra e no fundo do mar, onde reside debaixo do oceano: pedras preciosas, ouro, coral pertence-lhe. 

Qualidades:
•  Jagun agbagba – relação com Oyá
•  Afoman - ligação com Exú
•  Savalu / Sapekò – ligação com Nanã
•  Dasa – ligação com Oxum
•  Wariwaru – titulo de Xapanã
•  Azonsu / Ajansun – ligação com Oxala, Oxumarè
•  Azawane – relação com exú, Irôko, Yemonja e Oyá
•  Posun – ligação com Oxalá
•  Agoro – ligação com Nanâ
•  Etetù – ligação com Exú, Nanâ
•  Topodun – relação com Oxalá e Ogun
•  Paru – relação com Exú
•  Arawe / Arapaná – ligação com Oyá
•  Ajagun – ligação com Ogun, Oxaguã
•  Avinaje – ligação com Nanâ, Ossain
•  Segi – ligação com Yemonjá, Bessé 

O tipo psicológico dos filhos de OXUMARÉ é aristocrático. Fisicamente é esbelto, seus traços são finos. É dinâmico, inteligente, dotado de espírito curioso e destaca-se pela ironia. Gosta de fofoca e por ser intrigante, atrai, seduz e diverte. É freqüentemente esnobe e gosta de exibir-se, chegando a ser excêntrico e extravagante. Quando rico, é protetor dos jovens de talento. É homossexual ou bissexual. Não à bruto nem grosseiro, é refinado e civilizado, mas pode ser perigoso pela maledicência. Possui uma grande intuição e pode ser adivinho esperto.


Oxumare é o arquétipo das pessoas que desejam ser ricas; das pessoas pacientes e perseverantes nos seus empreendimentos e que não medem sacrifícios para atingir seus objetivos. Suas tendências à duplicidade podem ser atribuídas à natureza andrógina de seu deus. Com o sucesso tornam-se facilmente orgulhosas e pomposas e gostam de demonstrar sua grandeza recente. Não deixam de possuir certa generosidade e nação se negam a estender a mão em socorro àqueles que dela necessitam

BANHOS
babosa,coração de Jesus, arnica, peregun, trevo de todos os tipos e cores,dinheiro em penca, cipó de todos os tipos,paulicéia, canela de veio, casca de nata,cocália marianinha,etc.

COMIDA PARA OXUMARÉ 
 




 




 

Material Necessário:
• Feijão Fradinho
• Milho Vermelho
• Cebola
• Azeite-de-Dendê

Maneira de Fazer:
Cozinha-se o feijão fradinho em água. Separado, cozinha-se o milho vermelho também em água. Depois, juntar o feijão e o milho, num refogado de cebola ralada com Azeite-de-Dendê.
Nota: Oshumarê e Ewá comem juntos. Oshumarê é a cobra macho e Ewá a cobra, chamados no Jejê de Dan-Bessén ou Azaundô.
Material Necessário:
• Milho Vermelho
• Feijão Fradinho
• Azeite-de-Dendê
• Camarão Seco
• 1 Oberó
• 1 Inhame ( grande )
• Ovos Cozidos
• 1 Côco
• 1 Litro de Mel
Maneira de Fazer:
Cozinha-se o milho só em água. Separado, cozinha-se o feijão fradinho, também só em água. Refoga-se o feijão com Azeite-de-Dendê, cebola ralada e camarão seco socado. Coloca-se o feijão em metade de um oberó e, na outra metade o milho vermelho. Frita-se um inhame e coloca-se por cima em fatias, em volta, enfeita-se um ovos cozidos em rodelas, fatias de côco e coloca-se bastante mel de abelha por cima. 


ORIXÁ OXALÁ
Dia: Sexta-feira
Data: 15 de janeiro
Metal: Todos os metais brancos.
Pedra: Cristal, quartzo, diamante
Cor: Branco leitoso.
Comida: Inhame
OXALUFAN
Dia: Sexta-feira
Data: 15 de janeiro
Metal: Prata, ouro branco, chumbo e níquel.
Cor: Branco leitoso.
Comida: Ebô, acaçá, oibi ( caracol ) e inhame.
Simbolo: Opã
Obedecendo a seqüência hierárquica, encontramos à frente dos ORIXÁS FUNFUN do branco, OXALÁ.
OXALÁ é o detentor do poder genitor masculino. Todas suas representações incluem o branco. E um elemento fundamental dos primórdios, massa de ar e massa de água, a protoforma e a formação de todo tipo de criaturas no AIYE e no ORUN. Ao incorporar-se, assume duas formas: OXAGUIÃ jovem guerreiro, e OXALUFÃ, velho apoiado num bastão de prata (APAXORÓ). OXALÁ é alheio a toda violência, disputas, brigas, gosta de ordem, da limpeza, da pureza. Sua cor é o branco e o seu dia é a sexta-feira. Seus filhos devem vestir branco neste dia. Pertencem a OXALÁ os metais e outras substâncias brancas 


ÊPA ORIXALÁ
   É o primeiro orixá criado por Olorum (Deus Supremo). Ele também é conhecido pelos nomes de Orixalá e Obatalá. A missão específica de Oxalá foi criar o mundo. Segundo as lendas, ele é o pai de todos os Orixás. Portanto, está acima de todos na hierarquia divina.
  Pesquisadores associam Oxalá ao elemento ar. Isso se deve ao fato de ele representar o céu – o princípio de tudo. Segundo a lenda, o céu, ao tocar o mar, teria criado os demais orixás que receberam a incumbência de cuida de todos os seres do planeta. No entanto, outra fonte diz que Oxalá foi casado com Yemanjá, e essa união deu origem aos orixás. Assim como outras crenças dizem que Oxalá teve filhos orixás com Nana Buruku – Iroko, Oxumarê e Obaluaiê (Conhecido como Omulu). 
 Oxalá é representado pela cor branca, que também é associada a tudo o que se refere a Umbanda. Para Oxalá, o branco significa a serenidade, a calma, o silêncio, indicando que ele não gosta de violência, disputas ou barulho, assim como não gosta de cores fortes. Oxalá é homenageado por todos os praticantes e cultuado como a figura do pai, demonstrando sabedoria a autoridade, mas também é sensível e tem a capacidade de demonstrar sua força, poder e conhecimentos sem usar de violência – através da argumentação.
  Conta à lenda que Oxalá viu – se em desavença com Exu – o senhor dos caminhos. O que aconteceu foi que Oxalá recusou – se várias vezes a fazer as oferendas que Exu exigia. Então, Exu vingou – se fazendo com que Oxalá sentisse uma sede anormal. Para matar a sede, Oxalá furou a casca de uma palmeira com seu cajado (Opaxorô) e bebeu o líquido, uma espécie de vinho, embriagou – se e dormiu.
  Odudua, seu irmão mais jovem e grande rival, roubou a sacola mágica e apresentou – se a Olorum, que lhe deu a tarefa da criação. Conta a lenda que no caminho entre orum e o mundo, Odudua encontra uma grande extensão de água, onde o camaleão jogou terra. Essa foi se acumulando até ficar mais alta que a linha da água, formando ilhas, enfim, a Terra. Odudua teria se estabelecido então na cidade de Ilé Ifé, com mais quinze Orixás. 

CONHECENDO MAIS OXALA
Oxalá ou Obatala, o Orixá, o Rei da Roupa Branca ou, ainda, o Grande Orixá é o mais importante dos deuses Yorubá. Foi o rimeiro a ser criado por Olodumaré, o Deus Supremo, que lhe conferiu o poder de sugerir, Axé, e de realizar, Axé, razão pela qual é saudado com o título de Alabalaxé.
Oxalá tinha um caráter bastante obstinado e independente, o que lhe causaria inúmeros problemas. Foi o encarregado, por
Olodumaré, de criar o mundo e o Deus Supremo entregou-lhe, antes da partida, o saco da criação. O poder que Oxalá havia recebido não o dispensava de respeitar certas regras e de se submeter a diversas obrigações. Em razão do seu caráter altivo, ele recusou-se a fazer alguns sacrifícios e oferendas a Exu, antes de iniciar sua viagem para ir criar o mundo. Oxalá se pôs a caminho apoiado numa grande bengala de estanho, seu Opa Oxorô ou Paxorô, o bastão para fazer as cerimônias
No momento de ultrapassar a porta para sair do além, encontrou Exu que, entre as suas múltiplas obrigações, tinha a de fiscalizar as comunicações entre os dois mundos, o que seria criado e o outro. Exu, descontente com a recusa do grande Orixá em fazr\er as oferenda pedidas, vingou-se fazendo-lhesentir uma sede intensa. Oxalá, para matar sua sede, não teve outro recurso se não o de furar o seu Paxarô a casca do tronco de um dendezeiro. Um l[iquido refrecante dele escorreu: era o vinho de palma. Oxalá bebeu-o ávida e abundantemente. Ficou bêbado, não sabia mais onde estava e caiu adormecido. 
LENDA DE OXALUFAN (A CRIAÇÃO DA TERRA)
Olorun, Deus supremo, criou um ser, a partir do ar (que havia no início dos tempos) e das primeiras águas. Esse ser encantado, que era todo branco e muito poderoso, foi chamado Oxalá. Logo em seguida, criou um outro orixá que possuía o mesmo poder do primeiro, dando-lhe o nome de Nanan. Os dois nasceram da vontade de Olorun de criar o universo.
Oxalá passou a representar a essência masculina de todos os seres, tornando-se o lado direito de Olorun. Nanan, por sua vez, teria a essência feminina, e representaria o lado esquerdo. Outros orixás também foram criados, formando-se um verdadeiro exército a serviço de Olorun, cada um com uma função determinada para executar os planos divinos.
Exú foi o terceiro elemento criado, para ser o elo de ligação entre todos os orixás, e deles com Olorun. Tornou-se costume prestar-lhe homenagens antes de qualquer outro, pois é ele quem leva as mensagens e carrega os ebós.
Olorun confiou à Oxalá a missão de criar a Terra, investindo-o de toda a sabedoria e poderes necessários para o sucesso dessa importante tarefa. Deu a ele uma cabaça contendo todo axé que seria utilizado.
CARACTERÍSTICAS DOS FILHOS DE OXALUFAN
Os filhos de Oxalá são pessoas muito tranqüilas, com tendência à calma, inclusive nos momentos mais difíceis.
São amáveis e prestativos, mas nunca subservientes, pois não se rebaixam a ninguém.
Sabem argumentar muito bem, convencendo qualquer pessoa de suas intenções.
Adoram limpeza e organização, sendo perfeccionistas em tudo que fazem, às vezes chegando ao exagero. Exigem, com veemência, a mesma postura das pessoas que o cercam.
Geralmente essas pessoas aparentam mais idade do que realmente têm, devido ao seu amadurecimento precoce.
Usam o raciocínio para resolver seus problemas, sendo esse o seu ponto forte, por isso, não são dados a explosões emocionais.
Não gostam de mudanças, preferindo a rotina de uma vida tranqüila do que uma aventura sem garantias. São lentos em suas decisões, pensando muito antes de agirem. Mas, quando tomam uma decisão, são persistentes e perseverantes.
São muito reservados em seus sentimentos e raramente orgulhosos.
Sendo geralmente comunicativos e carismáticos, atraem muitos admiradores e amigos, que se sentem protegidos ao seu lado.
Gostam de canalizar tudo em volta de si, como um grande pai.
Dificilmente, um filho de Oxalá deixa sem auxílio uma pessoa conhecida. Nessas atitudes de solidariedade, eles assumem alguns riscos, e, não raras vezes, acabam prejudicados.
Confiam demasiadamente nas pessoas, sempre vendo seu lado positivo, por isso correm um sério risco de serem enganados.
Seu maior defeito é a teimosia, principalmente quando têm certeza de suas convicções.
Adoram assuntos polêmicos, expondo seus pontos de vista a quem quer que seja.
Um outro aspecto negativo na personalidade dessas pessoas é fugir de determinados problemas, deixando as coisas chegarem a um limite insuportável.
Todos os filhos de Oxalá apresentam um porte majestoso ou, no mínimo, digno

ARQUÉTIPOS:
Os filhos deste orixá são pessoas calmas e dignas de confiança. São dotados de grande sabedoria, pois estão sempre buscando os significados de tudo o que ocorre ao seu redor, não cansam de estudar e buscar o conhecimento.

O Arquétipo da Personalidade dos Devotos de Oxalá
O arquétipo da personagem dos devotos de Oxalá é aquele das pessoas calmas e dignas de confiança; das pessoas respeitáveis e reservadas, dotadas de força de vontade inquebrantável que nada pode influenciar. Em nenhuma circunstância modificam seus planos e seus projetos, mesmo a despeito das opiniões contrárias, racionais, que os alertam para possíveis conseqüências desagradáveis dos seus atos. Tais pessoas no entanto, sabem aceitar, sem reclamar, os resultados amargos daí decorrentes.
O imenso respeito que o Grande Orixá inspira às pessoas do candomblé revela-se plenamente quando chega ao momento da dança de Oxalufan. Com esta dança, fecha-se geralmente a noite, e os outros Orixás presentes vêm cercá-lo esustentá-lo, levantando a bainha de sua de sua roupa para evitar que ele a pise e venha a tropeçar. Oxalufan, e aqueles que os escoltam, seguem o ritmo da orquestra que interrompem a cadência em intervalos regulares, levando-os a dançar alguns passos hesitantes, entrecortados de paradas, no decorrer do quais o conjunto de Orixás abaixa o corpo, deixa cair os braços e a cabeça, por um breve momento, como se estivessem cansados e sem forças. Não é raro ver pessoas que, vindas como espectadoras, deixam-se tomar pelo ritmo, dançam e agitam-se em seus lugares, acompanhando o desfalecer do corpo e a retomada dos movimentos, conjuntamente com os Orixás, num afã de comunhão com o Grande Orixá, aquele que foi, em tempos remotos, o Rei dos Igbos, longe, bem longe, em Iluayé, a Terra da África.

ORIXÁ IFÁ
Divindade da adivinhação, transmitiu aos homens as artes divinatórias, também chamado ORUNMILÁ. Os BABALAÔS são os porta-vozes de IFÁ, sendo que necessitam aprender quantidade enorme de lendas e historia antigas, classificadas em duzentos e cinqüenta e seis ODUS ou signos de IFÁ, cujo conjunto forma espécie de enciclopédia oral dos conhecimentos tradicionais do povo iorubá. Cada indivíduo nasce ligado a um ODU, que dá a conhecer sua identidade profunda, servindo-lhe de guia por toda vida, revelando-lhe o ORIXÁ particular, ao qual deverá ser eventualmente dedicado. IFÁ é sempre consultado em caso de dúvida, antes de decisões importantes, nos momentos difíceis da vida.

ORIXÁ ODUDUWA
ODUDUWA, também considerado entidade FUNFUN, recebeu de OLORUN o elemento terra, com o qual ela criou o AIYÉ. sua cor é preta (azul escuro),por ser representante do AIYÉ. OXALÁ e ODUDUWA são cultuados no mesmo dia (sexta-feira) e em alguns terreiros, os dois conceitos são confundidos.

 CANJICA PARA OXALÁ
 
  500g. de canjica
Modo de preparo: Cozinhe a canjica até ela ficar molinha. Retire toda a água, coloque em um alguidar de louça branco e ofereça ao orixá.



COMIDA PARA OXALÁ
 



EBÔ
Material Necessário:
• Canjica Branca
• 1 Litro de Mel
• Algodão
• Água
 

Maneira de Fazer:
Cozinha-se a canjica somente em água. Depois de bem cozida, coloca-se numa vasilha branca, coloca-se bastante mel de abelhas e cobre-se com algodão.
ACAÇÁ
Material Necessário:
• Canjica Branca
• Folha de Bananeira
Maneira de Fazer:
Moi-se o milho de canjica, cozinha-se até dar até dar o ponto de ficar bem durinho e enrole os bolinhos na folha da bananeira.
INHAME ACARÁ
Cozinha-se o inhame e depois amassa-se feito um purê. Faz-se bolinhos na mão e coloca-se em pratos brancos. Oferece-se a Oxalá.
Nota: Todos os Orixás do Candomblé comem acaçá branco. Em cima da comida do Orixá, antes de oferecer-lhe, deve-se abrir um acaçá branco. 

ERVAS DO ORIXA
agrião, alcachofra, ervas cidreira, alecrim, capim cheiroso, tapete de Oxalá (maisconhecido como boldodo Chile), 
algodeiro, cálamo, manjericão, malva branca, sete sangrias, urtiga branca, saião narciso, palma branca, lírio branco,cana do brejo,etc.

ORIXÁ YEMANJÁ
Dia: Sábado
Data: 02 de fevereiro
Metal: Prata e Prateados.
Pedra: Água marinha.
Cor: Branco transparente
Comida: Epo de milho branco, manjar branco com leite de coco e açúcar, acaçá, peixe de água salgada, bolo de arroz e mamão.
Símbolo: Obebê Branco.
YEMANJÁ é considerada mãe de todos os demais ORIXÁS OGUM, XANGÔ, OBÁ, OXOSSI e OXUM que nasceram de caso ilícito que teve com IFÁ. NANÃ Yemanjá, é mãe de OMULU e OXUMARÉ. YEMANJÁ, por sua vez, filha de OLODKUN, ORIXÁ masculino em BENIN, ou feminino em IFÉ, sempre do mar. No Brasil, é muito venerada, e seu culto tornou-se quase independente do CANDOMBLÉ. É representada como uma sereia de longos cabelos pretos. Rege a maternidade, e a mãe dos peixes que representam fecundidade. Seu dia é sábado. Nas grandes "obrigações", são oferecidos cabra branca, pata ou galinha branca. Gosta muito de flores e é costume oferecer-lhe de quatro a sete rosas brancas abertas, que são jogadas ao mar para agradecimento. Sua cor é o branco com azul. Usa um ADÉ com franjas de miçangas que esconde o rosto. Leva na mão o BÉBÊ -- leque ritual de metal prateado de forma circular, com uma sereia recortada no centro. 

IEMANJA
Mãe poderosa, que governa os oceanos, dona da mente e do pensamento, dona da viagem e das mudanças.
Iemanja é a mais popular dos Orixás no Brasil, representa o mar. De seu ventre nasceram a maioria dos Orixás, é esposa de Oxala, senhor da criação, ela é freqüentemente representada por uma sereia, principalmente na Umbanda, ela representa a mãe, a família, senhora imponente, se contrariada não tem quem a acalme. A dança de Iemanja é solene e cheia de ondulações, seu dia da semana é sexta-feira, sua cor é o azul, no Sul é sincretizada com Nossa Senhora dos Navegantes, inclusive, uma das maiores homenagens feita para Iemanja é no dia dois de fevereiro, dia da Santa católica

Yemanjá
1. Yemanjá Ogunte (esposa de Ogum Alagbedé)
2. Yemanjá Saba (fiadeira de algodão, foi esposa de Orunmilá)
3. Yemanjá Sesu/Susure (voluntariosa e respeitável, mensageira de olokun)
4. Yemanjá Tuman/Aynu/Iewa
5. Yemanjá Ataramogba/Iyáku (vive na espuma da ressaca da maré)
6. Iya Masemale/Iamasse (mãe de Xangô)
7. Awoyó/Iemowo (a mais velha de todas, esposa de Oxalá)

 YEMANJÁ A MÃE, SENHORA DOS PEIXES E DAS CABEÇAS SAUDAÇÃO: OMI Ô ODO IYÁ ;eruiá CORES: AZUL CLARO ou cristal. ADORNOS: ABEBÊ; DOMÍNIO: OCEANO,enseadas (água salgada); AXÉ (FORCA EMANADA): PURIFICAÇÃO, FAMÍLIA, saúde mental; DIA DA SEMANA: SÁBADO OFERENDAS: manjar, milho branco, etc. INTRODUÇÃO: SEU NOME SIGNIFICA A Mãe DOS FILHOS-PEIXE. ORIGINÁRIA DO RIO OGUM, EM ABEOKUTÁ, NIGÉRIA, TEM SEUS DOMÍNIOS NAS PROFUNDEZAS DAS ÁGUAS, DE ONDE EMERGE PARA ATENDER SEUS DEVOTOS, PRINCIPALMENTE AS MULHERES QUE ATRIBUEM A ELAS PODERES QUE FAVORECEM A FERTILIDADE E A FECUNDIDADE. É MATERNAL, SEMPRE PRONTA PARA AMAMENTAR AS CRIANÇAS SOB SEU DOMÍNIO. MAS TAMBÉM SABE SER DELICADA, MANTENDO-SE DE ESPADA EM PUNHO PARA DEFENDER SEUS FILHOS. ARQUÉTIPOS: SÃO AUTORITÁRIOS E PERSISTENTES EM RELAÇÃO AOS FILHOS, SÃO PREOCUPADOS, RESPONSÁVEIS E DECIDIDOS. SÃO AMIGOS E PROTETORES E CHEGAM AS VEZES, QUANDO MULHERES, A SE COMPORTAREM COMO SUPER MÃES. SÃO AGRESSIVOS E ATÉ TRAIÇOEIROS, QUANDO A SEGURANÇA DOS FILHOS E DA FAMÍLIA ESTÁ EM JOGO;'SÃO FALADORES, NÃO GOSTAM DA SOLIDÃO. LENDAS: FILHA DE OLOKUM, DEUSA DO MAR, YEMANJÁ ERA CASADA COM OLÓFIM ODUDUÁ COM QUEM TINHA DEZ FILHOS ORIXÁS. POR AMAMENTÁ-LOS, FICOU COM SEIOS ENORMES. IMPACIENTE E CANSADA DE MORAR NA CIDADE DE IFÉ, ELA SAIU EM RUMO OESTE, E CONHECEU O REI OKERÊ; LOGO SE APAIXONARAM E CASARAM-SE. ENVERGONHADA DE SEUS SEIOS, YEMANJÁ PEDIU AO ESPOSO QUE NUNCA A RIDICULARIZA-SE POR ISSO. ELE CONCORDOU; POREM, UM DIA, EMBRIAGOU-SE E COMEÇOU A GRACEJAR SOBRE OS ENORMES SEIOS DA ESPOSA. ENTRISTECIDA, YEMANJÁ FUGIU. DESDE MENINA, TRAZIA NUM pote UMA POÇÃO, QUE O PAI LHE DERA PARA CASOS DE PERIGO. DURANTE A FUGA, YEMANJÁ CAIU QUEBRANDO o pote' A POÇÃO TRANSFORMOU-A NUM RIO CUJO LEITO SEGUIA EM DIREÇÃO AO MAR. ANTE O OCORRIDO, OKERÊ, QUE NÃO QUERIA PERDER A ESPOSA, TRANSFORMOU-SE NUMA MONTANHA PARA BARRAR O CURSO DAS ÁGUAS. YEMANJÁ PEDIU AJUDA AO FILHO XANGÔ, E ESTE, COM UM RAIO, PARTIU A MONTANHA NO MEIO; O RIO SEGUIU PARA O OCEANO E, DESSA FORMA, A ORIXÁ TORNOU-SE A RAINHA DO MAR.

Estereótipo de Yêmojà
As filhas de Iemanjá são voluntariosas, fortes, rigorosas, protetoras, altivas e, algumas vezes, impetuosas e arrogantes; têm o sentido da hierarquia, fazem-se respeitar e são justas mas formais; põem à prova as amizades que lhes são devotadas, custam muito a perdoar uma ofensa e, se a perdoam, não a esquecem jamais. Preocupam-se com os outros, são maternais e sérias. Sem possuírem a vaidade de Oxum, gostam do luxo, das fazendas azuis e vistosas, das jóias caras. Elas têm tendência à vida suntuosa mesmo se as possibilidades do cotidiano não lhes permitem um tal fausto

O tipo psicológico dos filhos de YEMANJÁ é imponente, majestosa e belo, calmo, sensual, fecundo e cheio de dignidade e dotado de irresistível fascínio (o canto da sereia). As filhas de YEMANJÁ são boas donas de casa, educadoras pródigas e generosas, criando até os filhos de outros (OMULU). Não perdoam facilmente, quando ofendidas. São possessivas e muito ciumentas. YEMANJÁ, por presidir a formação da individualidade, que como sabemos está na cabeça, está presente em todos os rituais, especialmente o BORI.

Qualquer oferenda requer preceitos e rituais anteriores à oferenda propriamente dita.
Como: banho de descarrêgo, acender vela para o anjo da guarda, etc.
Outro cuidado, em se tratando de ofertar às Pomba Giras, é o de levar uma vela
vermelha e preta, para o Exú Guardião do local da entrega, e antes de "arriar a sua
oferenda, acender a vela vermelha e preta, e pedir a liberação e proteção ao Exú
Guardião. O banho de descarrego,anterior à oferenda, pode ser tomado no dia ou um
dia antes. O banho de descarrego pode ser feitosó 3 galhos de arruda, ferva meia
chaleira de água, desligue e coloque os 3 galhinhos de arruda, espere mais ou menos
1 hora, complete a chaleira com água do chuveiro e após seu banho de higiene, derrame lentamente na frente e nas costas, pedindo que todas as energias e miasmas
negativos saiam de seu corpo. Após derramar a água com ervas, não se enxague com
mais água do chuveiro, se possível, deixe secar naturalmente, caso for se enxugar,
use uma toalha limpa e coloque roupas limpas e claras. Em seguida, acenda uma vela
de sete dias para seu anjo de guarda, em local alto e seguro, não retire a vela da
embalagem plástica e a coloque dentro de um pote de vidro, como o de maionese,
por exemplo. Procure comparar as velas de sete dias(brancas) mais finas que são
mais fáceis de caber dentro dos vidros.
O local da entrega, deve ser preferencialmente num terreiro que aceite receber
oferendas, caso não seja possível, procure anteriormente uma encruzilhada em
forma de T num local sossegado, pouco poluído, não faça entregas perto de bares,
casas noturnas, açougues, hospitais, prostíbulos, cemitérios (à menos que a entidade
solicitante o peça!) Procure encruzilhadas em ruas residenciais e bonitas, vá
anteriormente ao llocal escolhido e avise mentalmente a entidde que tal dia, em tal
hora a entrega será realizada. Não corra riscos desnecessários, em local perigosos
e tarde da noite. O ideal, repito, é que se você deseja ofertar à sua Pomba Gira, caso
já a conheça, ou a uma Pomba Gira que goste, que procure um terreiro, fale com o
dirigente e peça para fazer sua entrega lá, de acordo com os preceitos e normas da
casa. GOSTARIA DE LEMBRA QUE O BANHO DEVE SER TOMADO DO PESCOÇO
PARA BAIXO, NUNCA NA CABEÇA!
oferenda e comida de iemanjá

 
EJÁ
Material Necessário:
• Peixe de Qualidade Vermelho
• Azeite Doce
• Camarão Seco Socado
• Cebola Ralada

Maneira de Fazer:
Cozinha-se o peixe em refogado de azeite Doce com camarão seco socado e cebola.
DIBÓ
Material Necessário:
• Canjica Cozida
• Azeite Doce
• Camarão Seco Socado
• Cebola Ralada
Maneira de Fazer:
Cozinha-se a canjica, tempera-se com azeite doce, camarão seco socado e cebola ralada

 
MANJAR- 2 colheres ( sopa ) de maizena, meia xícara de leite de côco, 1 xícara de leite, 1/4 de xícara de açúcar, raspa de laranja
Dissolver a maizena no leite frio. Juntar os outros ingredientes e levar ao fogo, mexendo até engrossar. Esfriar em fôrma molhada.


ogum beira mar
ORIXÁ OGUN
Dia: Terça-feira
Data: 13 de junho
Metal: Ferro.
Pedra: Lápis-lazúli, topázio azul.
Cor: Verde
Comida: Feijoada e Inhame.
Símbolo: Espada, faca, maça de ferro e facão.
OGUM à o primeiro filho de YEMANJÁ, a quem sempre acompanhava, sendo também muito afeiçoado a EXU e seu irmão OXOSSI, ORIXÁ da caça - a quem ele deu suas armas. Foi casado com IANSÃ que o abandonou para seguir XANGÔ. Casou-se também com OXUM, mas vive só, batalhando pelas estradas e abre-caminhos. Ele é o ORIXÁ do ferro; foi o primeiro ferreiro. É o ORIXÁ da civilização e da técnica. Introduziu a agricultura e, como oferenda, recebe inhame e feijão, os frutos da terra. É o ORIXÁ dos maquinistas, motoristas, ferroviários, operários e de todos aqueles que trabalham com máquinas e ferramentas. É o ORIXÁ da virilidade; remove obstáculos, civiliza o mundo, prove alimentos.
Seu dia é a terça-feira. E nas grandes "obrigações", pode pedir um boi ou um bode. Sua cor é o vermelho, mas gosta também de azul e verde forte. Seu animal o cachorro. É agressivo e brutal e à tido como responsável pelos acidentes de carro, avião e mecânicos em geral, com os quais castiga quem o desrespeitou. Seus filhos devem abster-se de beber cachaça e de andar armado com faca e facão. Por ser sua possessão muito violenta, pode deixar quem o recebe completamente inconsciente e sem controle de seus atos.

Ogun 1. Onire 2. Alagbede 3. Já 4. Omini 5. Wari 6. Eroto ndo 7. Akoro Onigbe 

OGUM
Deus guerreiro, senhor da guerra, dono do ferro e todos os seus derivados, senhor de todas as armas, dono da faca e da bebida de álcool, é o legítimo esposo de Iansã', que o traiu com o rival xangô. Para vencer demandas tem que se agarrar com ogum, depois de bará é o próximo a receber oferendas, aliás diga-se de passagem , estes dois orixás são os que mais trabalham dentro do panteão africano. Algumas qualidades de Ogum trabalham de acordo com o Orixá Bará, citemos como exemplo Ogum Avagãm, que tem seu assentamento junto com Bará Lodê, e sua morada é na frente do terreiro, do lado de fora da casa. Na Nação Ijexá também cultuamos Ogum Onira e Ogum Adiola, este último é um guerreiro guardião que trabalha na beira da água aos mandos de Oxum Iemanjá e Oxala. Qualquer sacerdote de Orixá tem que ter Ogum em seus assentamentos, pois este é o dono do axé de facas; suas cores são o vermelho e verde, seu dia da semana é quinta-feira, seu sincretismo aqui no sul é com São Jorge. Ogum é o protetor dos Policiais e dos soldados

GUN
Está ligado ao mistério das árvores, consequentemente á oxalá , seu assentamento fica ao pé de um Igi-uyeué ( cajazeira ) no Brasil, onde um adan ou arabá na Nigéria e no Daomé, e rodeado por uma cerca de peregun ou abre-caminho. Podendo também ficar ao pé do Igi-opé cujo tronco simboliza a matéria individualizada dos funfun ( orixás do branco ), que as folhas brotadas sobre os ramos ou troncos simbolizam descedentes e que o mariwò
( folhas de dendezeiro desfiadas ) é a representação mais simbólica de ogun.
Akòrò Ko l' axo – Akòrò não tem roupas
Mariwò l'axo ogun ò – mariwò veste ogun
Ogun data de tempos pré-históricos, é pré histórico , violento e pioneiro, suas armas são primeiro de pedra depois de ferro, sua primogenitora converte-o quase irmão gêmeo de exú.
Deus da guerra, imagem arquetípica do soldado, ogun é também o deus do ferro, da metalurgia e também o patrono da agricultura junto com okò, orixá de personalidade violenta, obstinada , é o orixá que vem sempre a frente apois exú e abrindo os caminhos.
Akorò pa lonii ò
Pa o jarè lele pa
Ogun pa o jarè
Nesta cantiga faz referência a pa lonii – corta hoje
Pa o jarè – corte-o por favor
Lele- completamente
Nesta toada está se pedindo a ogun para abrir os caminhos, para ir cortando desembaraçando o caminho, ogun é único, mais em yrè diz-se que ele é composto de sete partes ( ogun mejè lodè Yrè ), frase que se faz alusão as sete aldeias, hoje desaparecidas, que existiram em volta de Yrè, O número de sete está associado a ogun, e é representado em todos os lugares q lhe são consagrados, por instrumentos de ferro, em número de sete, quatorze ou vinte e um, pendurados em uma haste horizontal, composta de lança, espada, enxada, torque, facão, ponta de flecha e exò. Diz a lenda que ogun sempre prefere tomar banho de sangue. Sua cores são o azul royal e podendo também dependendo da qualidade pegar contas esverdeadas, ogun é o Sentinela, o senhor que está sempre a frente, quando necessitamos de algo muito grave, amolamos um facão de metal no chão, que imediatamente o mesmo vem guerriar em nosso favor, seus assentametos também podem ficar em cima de uma bigorna, em alusão a metalurgia, ogun no jeje é conhecido como o Vodun Gun ( o vodun do caminho do ferro ). Sua ferramenta é a Adaga
ESTEREÓTICO DE ÓGÚM
O arquétipo de Ogun é o das pessoas violentas, briguentas e impulsivas, incapazes de perdoarem as ofensas de que foram vítimas. Das pessoas que perseguem energicamente seus objetivos e não se desencorajam facilmente. Daquelas que nos momentos difíceis triunfam onde qualquer outro teria abandonado o combate e perdido toda a esperança. Das que possuem humor mutável, passando de furiosos acessos de raiva ao mais tranqüilo dos comportamentos. Finalmente, é o arquétipo das pessoas impetuosas e arrogantes, daquelas que se arriscam a melindrar os outros por uma certa falta de discrição quando lhes prestam serviços, mas que, devido à sinceridade e franqueza de suas intenções, tornam-se difíceis de serem odiadas

APÓS RETORNAR DE SUAS BATALHAS VITORIOSAS E DEPOIS DE NUMEROSOS ANOS AUSENTES. OGUN DECIDIU VOLTAR A IRÊ (PRIMEIRA CIDADE CONSTRUÍDA E SOB GOVERNO DE SEU FILHO) QUANDO CHEGOU TEVE A IMPRESSÃO QUE NINGUÉM O RECONHECIA, TENTOU CONVERSAR COM SEUS SÚDITOS E FOI IGNORADO. OGUN CUJA PACIÊNCIA É PEQUENA, ENFURECEU-SE COM O SILÊNCIO GERAL, POR ELE CONSIDERADO OFENSIVO. COMEÇOU A QUEBRAR COM GOLPES DE SABRE OS POTES E, LOGO DEPOIS, SEM PODER SE CONTER, PASSOU A CORTAR AS CABEÇAS DAS PESSOAS MAIS PRÓXIMAS, ATÉ QUE SEU FILHO APARECEU, OFERECENDO-LHE AS SUAS COMIDAS PREDILETAS. QUANDO SEU FILHO LEMBROU-O QUE ESTE DIA ERA SAGRADO E AS PESSOAS NÃO PODIAM FALAR POR ORDEM DO PRÓPRIO OGUN. OGUN ENTÃO LAMENTOU SEUS ATOS DE VIOLÊNCIA E DECLAROU QUE JÁ VIVERA BASTANTE. BAIXOU A PONTA DE SEU SABRE EM DIREÇÃO AO CHÃO E DESAPARECEU PELA TERRA ADENTRO COM UMA BARULHEIRA ASSUSTADORA. PORÉM ANTES DE DESAPARECER PRONUNCIOU ALGUMAS PALAVRAS. PALAVRAS DITAS POR NÓS, FILHOS DE OGUN PARA ACLAMARMOS SUA DEFESA. CASO ESTEJAMOS EM PERIGO.
OUTRA LENDA NOS FALA SOBRE DE UM DOS COMBATES CONTRA SUA EX-ESPOSA OYÁ NO QUAL ENTRE DOIS GOLPES DEFERIDOS POR AMBOS AO MESMO TEMPO , OGUN SE TRANSFORMOU EM SETE (MEJÊ) E OYÁ EM NOVE (MESAN).

OS FILHOS DE OGUN POSSUEM TEMPERAMENTO UM TANTO VIOLENTO, SÃO IMPULSIVOS, BRIGUENTOS E CUSTAM A PERDOAR AS OFENSAS DOS OUTROS. NÃO SÃO MUITO EXIGENTES NA COMIDA, NO VESTIR, NEM TAMPOUCO DA MORADIA, COM RARAS EXCEÇÕEs  SÃO AMIGOS, PORÉM ESTÃO SEMPRE ENVOLVIDOS COM DEMANDAS, SÃO MESTRES DO ATIRAR VERDE PRA COLHER MADURO, AS VEZES MUITOS DESCONFIADOS. DESPERTAM SEMPRE INTERESSE NAS MULHERES, TEM SEGUIDOS RELACIONAMENTOS SEXUAIS, MAS NÃO tendem a Ser FIÉIS. POSSUEM UMA ENERGIA FÍSICA MUITO GRANDE, RARAMENTE ADOECEM, SEU LEMA PRINCIPAL É VENCER NA VIDA, NÃO IMPORTANDO QUAL TIPO DE TRABALHO OU ESFORÇO PARA CONSEGUIR SEUS IDEAIS. 
  
Os filhos de OGUM são briguentos, violentos, impulsivos e não perdoam e não perdoam as ofensas que foram vítimas. Perseguem energicamente seus objetivos e em momentos difíceis, triunfam onde qualquer outro teria abandonado o combate e perdido toda esperança. Possui humor mutável, indo dos furiosos acessos de raiva a um tranqüilo comportamento. São impetuosos e arrogantes, não se incomodando de melindrar os outros, mas por terem franquezas em suas intenções, e serem sinceros, dificilmente são odiados. 
 Feijão para Ogum
Ingredientes:
- 500g. de feijão
- 01 cebola
- 01 pedaço de toucinho
Modo de preparo: Cozinhe o feijão na água e sal com cuidado para não desmanchar os grãos. Escorra, e numa frigideira coloque o toucinho, com as rodelas da cebola. Quando a cebola estiver tostando, joga-se a farinha para torrar e por último o feijão.
COMIDA PARA OGUN
 

 

Material Necessário:
• Inhame
• Azeite-de-Dendê
• Mel de Abelha

Maneira de Fazer:
Frita-se o inhame na brasa. Depois disso, descansa-se e tempera-se no Azeite-de-Dendê e o mel de abelhas.
ERAN - O Eran de Ogún é feito com miúdos de boi, cortados bem pequenos e cozidos no Azeite-de-Dendê. Depois, eles são passados num refogado de cebola ralada e estão prontos.
EFUN - Farofa de mel - mistura-se a farinha de mandioca com mel de abelhas e pronto. Pode-se colocar num Oberó, nos pés de Ogun, ou nas estradas, pedindo a Ogun que adoce os seus 

 
Oferendas a Ogun
1 inhame;
Azeite de dendê;
Mel de abelhas;
1 palma de dendezeiro (mariwo), pode ser de coqueiro caso não ache o dendezeiro;
1 vela branca.
Modo de fazer: Asse o inhame. Retire os talinhos das folhinhas da palma do dendezeiro. Depois que o inhame esfriar monte-o enfiando os talinhos em toda o corpo do inhame, escreva o nome da pessoa que se deseja ajudar em um prato branco e coloque o inhame em pé sobre o nome, coloque o mel e um pouco de dendê sobre o inhame e os talinhos . Pede-se o desejado à Ogum. Coloque próximo ao portão da casa que se fez a oferenda.




OYA CHAMADA TAMBEM DE YANSÃ




ORIXÁ YANSÃ
Dia: Quarta-feira
Data: 4 de dezembro
Metal: Cobre.
Pedra: Rubi, coral, granada.
Cor: Marrom
Comida: Acarajé e abará.
Símbolo: Espada de cobre e o Erú ( rabo de boi ou de búfalo ).
YANSÃ é a filha de YEMANJÁ com OXALÁ e a esposa preferida de XANGÔ. É guerreira e aventureira como ele, mulher de muitos homens (OXÓSSI, OGUM E XANGÔ. ReIaciona-se com todos os elementos da natureza. A água, sob formal de chuva, de tempestade. O ar, sob a forma do vento da tempestade, que arranca árvores, derruba casas. No seu aspecto benéfico, foi o ar de YANSÃ que espalhou as plantas medicinais, anteriormente guardadas por OSSAIN numa cabaça. Ligada a floresta, ela se transforma em um búfalo, cervo ou elefante. Propicia a caça abundante. Mas sua essência é o movimento e o fogo, é o ORIXÁ do raio. Esta relação com o movimento e o fogo faz de YANSÃ uma divindade do sexo e do amor. Ela é rainha por ser a predileta de XANGÔ. E por ser mãe e rainha dos EGUNS, à o único ORIXÁ que não tem medo dos mortos. Seu número é o nove, produto de 3 X 3 - o par Inicial mais um, indicando continuação - puro movimento. O seu dia ë quarta-feira e sua cor e a vermelho. Seus objetos são uma espada de cobre e um "espanta moscas", com o qual mantem os EGUNS afastados. 

Yansã
1. Oya Biniká 2. Seno 3. Abomi 4. Gunán 5. Bagán 6. Onìrá 7. Kodun 8.
Maganbelle 9. Yapopo 10. Onisoni 11. Bagbure 12. Tope 13. Filiaba 14. Semi 15. Sinsirá 16. Sire 17. Gbale ou Igbale (aquela que retorna à terra) se subdividem em: 1. Funán 2. Fure 3. Guere 4. Toningbe 5. Fakarebo 6. De 7. Min 8. Lario 9. Adagangbará
As últimas , estão ligadas ao culto dos mortos.Tem forte ligação com Omulu , Ogun e Exú.


OYÁ/YANSAN SAUDAÇÃO: EPA HEY OYA (Ê PARREI) CORES: MARROM e VERMELHO; AXÉ (FORCA EMANADA): PROTEÇÃO CONTRA EGUNS. DIAS DA SEMANA: QUARTA-FEIRA FERRAMENTAS: ESPADA EM METAL EM COR DE COBRE, IRUEXIM ; DOMÍNIO: VENTOS,TEMPESTADES,EGUNS. OFERENDA: ACARAJÉ INTRODUÇÃO: YANSAN É ORIXÁ DE UM RIO, CONHECIDO COMO NÍGER, (ORIGINAL YORUBÁ=OYÁ). ORIXÁ DOS VENTOS, RAIOS E TEMPESTADES, TAMBÉM GUERREIRA, ÁGIL E AGITADA COMO O PRÓPRIO VENTO. EXTROVERTIDA E SENSUAL COMO POUCAS. SENHORA ABSOLUTA DOS EGÚNS, ALÉM DE ESPOSA PREDILETA DE XANGÔ, DIVIDE COM ELE O DOMÍNIO SOBRE AS TEMPESTADES. DESTEMIDA, JUSTICEIRA E GUERREIRA, NÃO TEME A NADA. ARQUÉTIPOS: GOSTA DE OBJETOS DE ADORNOS, PRINCIPALMENTE AS BIJUTERIAS E O COBRE. PESSOA EXTROVERTIDA, FRANCA, AMANTE DA NATUREZA. REVELA AMBIÇÃO E TEMPERAMENTO FORTE. SÃO GUERREIRAS E COMUNICATIVAS. MANÍACOS POR VIAGENS; HONESTOS COM MODOS SEGUROS, DEIXANDO OS OUTROS EM DESVANTAGEM. EM GERAL, SÃO PESSOAS ALEGRES, AUDACIOSAS, INTRIGANTES, AUTORITÁRIAS, SENSUAIS, E DESPREENDIDAS. QUANDO NEGATIVAS, TENTEM A TER DEPRESSÃO, INQUIETUDE E CIÚMES EM EXCESSO. LENDAS: OGUM FOI CAÇAR NA FLORESTA, COMO FAZIA TODOS OS DIAS. DE REPENTE, UM BÚFALO VEIO EM SUA DIREÇÃO RÁPIDO COMO UM RELÂMPAGO; NOTANDO ALGO DE DIFERENTE NO ANIMAL, OGUM TRATOU DE SEGUI-LO. O BÚFALO PAROU EM CIMA DE UM FORMIGUEIRO, BAIXOU A CABEÇA E DESPIU SUA PELE, TRANSFORMANDO-SE NUMA LINDA MULHER. ERA YANSAN, COBERTA POR BELOS PANOS COLORIDOS E BRACELETES DE COBRE. YANSAN FEZ DA PELE UMA TROUXA, COLOCOU OS CHIFRES DENTRO E ESCONDEU-A NO FORMIGUEIRO, PARTINDO EM DIREÇÃO AO MERCADO, SEM PERCEBER QUE OGUM TINHA VISTO TUDO. ASSIM QUE ELA SE FOI, OGUM SE APODEROU DA TROUXA, GUARDANDO-A EM SEU CELEIRO. DEPOIS FOI A CIDADE, E PASSOU A SEGUIR A MULHER ATE QUE CRIOU CORAGEM E COMEÇOU A CORTEJÁ-LA. MAS COMO TODA MULHER BONITA, ELA RECUSOU A CORTE. QUANDO ANOITECEU ELA VOLTOU À FLORESTA E, PARA SUA SURPRESA, NÃO ENCONTROU A TROUXA. TORNOU À CIDADE E ENCONTROU OGUM, QUE LHE DISSE ESTAR COM ELE O QUE PROCURAVA. EM TROCA DE SEU SEGREDO ( POIS ELE SABIA QUE ELA NÃO ERA UMA MULHER E SIM ANIMAL ), YANSAN FOI OBRIGADA A SE CASAR COM ELE; APESAR DISSO, CONSEGUIU ESTABELECER CERTAS REGRAS DE CONDUTA, DENTRE AS QUAIS PROIBI-LO DE COMENTAR O ASSUNTO COM QUALQUER PESSOA. CHEGANDO EM CASA, OGUM EXPLICOU SUAS OUTRAS ESPOSAS QUE YANSAN IRIA MORAR COM ELE E QUE EM HIPÓTESE ALGUMA DEVERIAM INSULTÁ-LA. TUDO CORRIA BEM; ENQUANTO OGUM SAÍA PARA TRABALHAR, YANSAN PASSAVA O DIA PROCURANDO SUA TROUXA. DESSE CASAMENTO NASCERAM NOVE filhos, O QUE DESPERTOU CIÚMES DAS OUTRAS ESPOSAS, QUE ERAM ESTÉREIS. UMA DELAS, PARA VINGAR-SE, CONSEGUIU EMBRIAGAR OGUM E ELE ACABOU RELATANDO O MISTÉRIO QUE ENVOLVIA YANSAN. DEPOIS QUE OGUM DORMIU AS MULHERES FORAM INSULTÁ-LAS, DIZENDO QUE ELA ERA UM ANIMAL E REVELANDO QUE SUA TROUXA ESTAVA ESCONDIDA NO CELEIRO. YANSAN ENCONTROU ENTÃO SUA PELE E SEUS CHIFRES. ASSUMIU A FORMA DE BÚFALO E PARTIU PARA CIMA DE TODOS, POUPANDO APENAS SEUS FILHOS. DECIDIU VOLTAR PARA A FLORESTA, MAS NÃO PERMITIU QUE OS FILHOS A ACOMPANHASSEM, PORQUE ERA UM LUGAR PERIGOSO. DEIXOU COM ELES SEUS CHIFRES E ORIENTOU-OS PARA, EM CASO DE PERIGO DEVERIAM BATER OS CHIFRES UM CONTRA O OUTRO; COM ESSE SINAL ELA IRIA SOCORRÊ-LOS IMEDIATAMENTE. E POR ESSE MOTIVO QUE OS CHIFRES ESTÃO PRESENTES NOS ASSENTAMENTOS DE YANSAN/OYA.

Yansan é uma Iyagba que dependendo da sua qualidade
irá se ligar a diferentes elementos da natureza.
Apresentando com isto, diferenças marcantes na forma
de Cultuá-la, inclusive em seus toques e danças.

Oya Onira, por exemplo, é um caminho de Oya que
"come
dentro da água".
Este é um fundamento importante no
Culto dessa poderosa Iyagba.

Fazer os fundamentos específicos de cada caminho de
Oya é muito importante, para que possamos com segurança
atrair toda a sua positividade. Tanto para a Iyawo,
como para o Ilê Axé.


YÁNSÀN (YANSÃ)

Oyá ou Yansã está muito ligada ao culto de egúngún, pois é ela que encaminha os espíritos dos mortos para o òrun, através do ritual do àsèsè.
Segundo a tradição yorubá, Yansã é o único orixá que pode virar no àsèsè.
Oya-Ibále ou Balé é o título que Yansã recebe dentro da sociedade de egúngún. A palavra Ygbalé que em yorubá quer dizer “governanta” atribui-se ao fato de que Yansã governou uma província na cidade de Abeokuta. Nesta província morava um molusí que é um sacerdote de um culto a Omolu e foi com este sacerdote que Yansã aprendeu todos os mistérios de Omolu. A partir daí, Yansã ou Oyá-Ibále passou a usar o branco em respeito aos mistérios e conhecimentos adquiridos no culto a Omolu, ou o "Filho do Senhor".
Outra divindade que está muito ligada ao culto de Oyá ou Yansã é a divindade Ebora Yoruba denominada de Onirá. Onirá, como o próprio nome sugere, foi uma sacerdotisa do culto à Oxum nas regiões Ilexá e Ijebu, na Nigéria.
Onirá fazia parte das mulheres guerreiras que guardavam os domínios de Oxum. Conta-se que foi Onirá que ajudou Laro a fazer o grande pacto na região de Oxobo. Onirá, em verdade, seria uma das filhas de Laro e é ela que no dia da festa anual à Oxum, em Oxobo, que carrega a cabaça contendo os objetos sagrados de Oxum, ou seja, Onirá é a Arugba Oxum ou "aquela que leva a cabaça de Oxum". Isto porque, como desvenda o mito, Onirá teria desaparecido dentro do rio e mediante a graça de Oxum, reapareceu divinamente vestida. Este é o motivo da associação de Onirá com Oxum.


Estereótipo de Oyà
O arquétipo de Oyá-Yansã é o das mulheres audaciosas, ciumentas, poderosas e autoritárias. Mulheres que podem ser fiéis e de lealdade absoluta em certas circunstâncias, mas que, em outros momentos, quando contrariadas em seus projetos e empreendimentos, deixam-se levar a manifestações da mais extrema cólera e isso os transformam em seres cruéis. Mulheres, enfim, cujo temperamento sensual e voluptuoso pode levá-las a aventuras amorosas extraconjugais múltiplas e freqüentes, sem reserva nem decência, o que não as impede de continuarem muito ciumentas dos seus maridos, por elas mesmas enganados. São pessoas que tem atitudes repentinas, sejam de iras, felicidade e de vontade de celebrar a vida sem qualquer motivo aparente. Não costumam esconder seus sentimentos, e abrem-se totalmente em seus relacionamentos, mas exigem lealdade.

O RELACIONAMENTO DE YANSÃ COM O NÚMERO 09
O òrun é composto por nove espaços, sendo que o quinto ou espaço do meio é denominado de àiyé, que é a terra onde vivemos.O òrun é uma massa infinita sem local determinado, sem começo e sem fim que segundo a tradição yorubá é sustentado pelo ala-kokô, uma árvore sagrada, cujo tronco é o próprio eixo que sustenta o òrun atravessando assim os nove espaços. Daí Yansã ser chamada de Iyá Mèsàn Òrun que significa “Mãe dos Nove Espaços do Òrun”. Yansã também é chamada de Ya Unlá Kokô ou “A grande Senhora Ala-Kokô”, porque cada espaço do òrun pertence na verdade a um filho de Yansã; sendo que o último, ou o nono, pertence à Egun. É por isso a grande associação de Yansã com o número 9 (nove) e com os mortos. Ainda vendo esta associação de Yansã com o número 9 (nove), vemos que na Nigéria, em Banigbe, o nome recebido pelo orixá como Abesan, deu origem à expressão Aborimesan, que significa “com nove cabeças” fazendo aí alusão aos nove braços do delta do Rio Niger, origem verdadeira de Yansã ou Oyá, como é chamada na terra yorubá. Agora, por que o Orixá é chamado de Oyá? Conta um itan que uma cidade chamada Ipô estava ameaçada de destruição pelos Tapás. Para que isso não acontecesse foi feita uma oferenda das roupas do rei dos Ipôs. Estas roupas ofertadas eram tão bonitas que as galinhas do lugar puseram-se a cacarejar de surpresa. Daí acreditar-se que as galinhas cacarejam até hoje, sempre que surpresas. Este traje do Rei dos Ipôs foi rasgado (Ya) em dois, para apoiar as cabeças das oferendas. Daí surgiu uma água que se espalhou (Ya) e inundou em volta da cidade, afogando os Tapás que queriam destruir Ipô. Foi a partir daí que os habitantes de Ipô batizaram o Rio de Odò-Oyá e é em alusão a este itan que o orixá passou a chamar-se Oyá.

O tipo psicológico das filhas de YANSÃ e turbulento, inquieto, cheio de iniciativa. Faz-se notar, provocante e domina os homens, porém à esposa dedicada. Os homossexuais têm como modelo YANSÃ. São mulheres fecundas, mãe de muitos filhos, mas que são criados por uma avó, babá, tia. O tipo YANSÃ apenas orienta a educação. Não gosta de trabalho doméstico e nem de trabalho executivo. Prefere ser atriz, fazendeira ou qualquer outra profissão, na qual seja necessário um pouco de aventura, garra e impetuosidade. 

Acarajé
Preparo: 1 hora e 40 minutos Fritura: 30 minutos Rendimento: 25 acarajés
500g de feijão fradinho
3 cebolas médias raladas
1 colher (sopa) de sal
1 garrafa de azeite-de-dendê
MOLHO
- 500g de camarão seco torrado e moído
- 2 pimentas malaguetas
- 1 cebola ralada
- 1 colher (sopa) de coentro fresco bem batido
- 2 xícaras (chá) de azeite-de-dendê
PREPARO
1. De véspera, deixe o feijão de molho em água fria.
Retire o olhinho preto e o resto da pele e triture-o.
2. Tempere com a cebola ralada e o sal. Bata muito
bem, com uma colher de pau, até obter um creme de
boa consistência.
3. Misture bem todos os ingredientes do molho e leve
ao fogo baixo, deixando por cerca de 10 minutos.
Cuidado para não deixar o azeite-de-dendê queimar.
4. Frite a massa às colheradas, no azeite-de-dendê
bem quente, deixando dourar os dois lados. Em seguida,
sirva quente, abrindo os acarajés com uma faca e
recheando-os com o molho.

Oferendas a Yansã
Feijão fradinho;                                                                                  
Camarão seco ralado;
Cebola ralada;
Azeite de dendê;
1 prato de barro ou louça.
Modo de fazer: Coloque o feijão de molho de um dia para o outro. Descasque o feijão um a um. Triture o feijão e misture com cebola ralada e o camarão seco socado, mexa por um tempo até que se obtenha uma massa firme. Coloque a massa para descansar coberta com um pano e com uma pedra de carvão dentro. Coloque +/- um litro de dendê em uma panela funda e deixe esquentar bem, faça bolos da massa de feijão com uma colher e coloque para fritar. Quando estiverem todos fritos, coloque no prato e deixe esfriar. Ofereça-os para Yansã. Faça seus pedidos.
 Xango Deus do Trovão e da Justiça
 
ORIXÁ XANGÔ
Dia: Quarta-feira
Data: 29 de julho
Metal: Cobre, ouro e chumbo.
Pedra: Granada.
Cor: Vermelho e branco ou branco e marrom.
Comida: Amalá ( quiabo cortado ) com rabada.
Símbolo: Oses ( machados ) Edum e Serí.
XANGÔ é um ORIXÁ de fogo, filho de OXALÁ com YEMANJÁ. Diz a lenda que ele foi rei de OYÓ. Rei poderoso e orgulhoso e teve que enfrentar rivalidades e até brigar com seus irmãos para manter-se no poder. Vencido por seus inimigos, refugiou-se na floresta, sempre acompanhado da fiel OYA (IANSÃ), e enforcou-se e ela também. Seu corpo desapareceu debaixo da terra num profundo buraco, do qual saiu uma corrente de férro - a cadela das gerações humanas. E ele se transformou num ORIXÁ, mas ao mesmo tempo passa a ser um EGUM (espírito dos antepassados). Verdadeiro paradigma, no CANDOMBLÉ, os EGUNS não são cultuados junto aos ORIXÁS. O EGUM é para os homens um pai e o ORIXÁ à para OXALÁ um filho: XANGÔ é, ao mesmo tempo, um filho de OXALÁ e um antepassado mítico, ligado à realeza, um herói divinizado, fundador da dinastia NAGÔ.Por sua origem real, XANGÔ é o Santo da Justiça, castigando com o raio. Ele à também conquistador; possui a três esposas: OBA a mais velha e menos amada; OXUM, que era casado com OXOSSI e por quem XANGÔ se apaixona e faz com que ela abandone OXOSSI; e IANSÃ, que vivia com OGUM e que XANGÔ raptou. Esta é a mais nova e a preferida, pois à esposa dedicada e forte guerreira, que precede o marido nas batalhas e, por ser dona do raio, deu o fogo a seu amado XANGÔ comandando as forças da natureza que se caracterizam pela violência: o trovão, o raio (o fogo sobrenatural do céu), atira pedras do céu. Ele é o dinamismo dos elementos da natureza de cujo encontro nascem estes fenômenos metereológicos. Poder, fogo, movimento, vida e fecundidade - ele recebe da mulher IANSÃ.
Seu animal e o carneiro, cujos ataques são comparáveis à violência do raio e tem seus chifres em espiral como o fogo. É um ORIXÁ libertino, turbulento, vermelho e quente e destaca--se pela intensa atividade sexual. XANGÔ tem pavor da morte ë dos EGUNS. E estes são os opostos que tem que unir: mortal e imortal, pai (dos homens) e filho (de OXALÁ), o que fará com a mediação da mulher (IANSÃ), que vem trazer o fogo, a fecundidade, a continuidade das gerações o poder da vida transmitido de pai para filho por intermédio da gestação na mulher.
Sua cor é vermelha e branca e seu dia é quarta-feira. Gosta do sacrifício do cágado, que multas vezes é chamado seu cavalo, de galo e de pato. Sua possessão uma explosão, de alegria, sua dança é vigorosa e bela e seus filhos saúdam-no com palmas, fogos, gritos e com a expressão "desejamos longa vida a Vossa Majestade" - antes de tudo um Rei. Os objetos sagrados de XANGÔ são o LABÁ e o OXÉ, a dupla machadinha que representa o raio e que pode ser em madeira ou bronze-metal - pela cor avermelhada, é consagrado a ele. O LABÁ é um capanga de couro pintada, feita só na África, e cujos desenhos são sagrados. Ela é dividida em quatro partes e suas figuras, que lembram o raio, são assimétricas e evocam os três segmentos do raio e do triângulo. O número três é o par mais um, sugerindo movimento e continuação - ou seja, a própria vida.

XANGÔ SAUDAÇÃO: KÁWO-KABIESILE CORES: VERMELHO E BRANCO OU MARROM DIAS DA SEMANA: QUARTA-FEIRA DOMÍNIOS: PEDREIRAS, RAIOS, TROVÃO, FOGO. ADORNOS: OXÉ, MACHADO DUPLO DE DOIS CORTES LATERAIS, FEITO E ESCULPIDO EM MADEIRA. AXÉ (FORCA EMANADA): JUSTIÇA. OFERENDA: AMALÁ INTRODUÇÃO: DEUS DO RAIO, DO TROVÃO, DA JUSTIÇA E DO FOGO. É UM ORIXÁ TEMIDO E RESPEITADO, É VIRIL E VIOLENTO, PORÉM JUSTICEIRO. COSTUMA SE DIZER QUE XANGÔ CASTIGA OS MENTIROSOS, OS LADRÕES E MALFEITORES. SEU SÍMBOLO PRINCIPAL É O MACHADO DE DOIS GUMES E A BALANÇA ,SÍMBOLO DA JUSTIÇA. TUDO QUE SE REFERE A ESTUDOS, A JUSTIÇA, DEMANDAS JUDICIAIS, AO DIREITO, CONTRATOS, PERTENCEM A XANGÔ. AMBICIOSO, CHEGA AO PODER DESTRONANDO SEU MEIO IRMÃO AJAKA. PASSA, ENTÃO, A REINAR COM AUTORITARISMO E TIRANIA, NÃO ADMITINDO QUE SUA ATITUDES FOSSEM CONTESTADAS, O QUE POSSIVELMENTE LEVOU-O A COMETER INJUSTIÇAS EM SUAS DECISÕES. USA O PODER DO FOGO COMO SEU SÍMBOLO DE RESPEITO. GALANTE E SEDUTOR , DESPERTA A PAIXÃO DA DIVINDADE OYA, UMA DE SUAS TRÊS ESPOSAS - AS OUTRAS SÃO OXUM E OBÁ - ARQUÉTIPOS: ELOQÜENTES, SOCIÁVEIS E BONS OUVINTES. MAS GOSTAM SEMPRE DE DAR A ÚLTIMA PALAVRA, MOSTRANDO QUE TAMBÉM SÃO AUTORITÁRIOS. CONTRADITÓRIOS, SÃO ARISTOCRÁTICOS E LIBERTINOS; INFIÉIS EM SEUS RELACIONAMENTOS, MAS CONSEGUEM ESTABELECER AMIZADES DURADOURAS. VOLÚVEIS, ESQUECEM RAPIDAMENTE AS PAIXÕES PASSADAS. ESTÃO SEMPRE ENVOLVIDOS EM NOVAS AVENTURAS. E A PAIXÃO ATUAL É SEMPRE A MAIOR, A ÚNICA, A VERDADEIRA... LENDAS: XANGÔ ERA REI DE OYÓ, TERRA DE SEU PAI; JÁ SUA MÃE ERA DA CIDADE DE EMPÊ, NO TERRITÓRIO DE TAPA. POR ISSO, ELE NÃO ERA CONSIDERADO FILHO LEGITIMO DA CIDADE. A CADA COMENTÁRIO MALDOSO XANGÔ CUSPIA FOGO E SOLTAVA FAISCAS PELO NARIZ. ANDAVA PELAS RUAS DA CIDADE COM SEU OXÉ, UM MACHADO DE DUAS PONTAS, QUE O TORNAVA CADA VEZ MAIS FORTE E ASTUTO ONDE HAVIA UM ROUBO, O REI ERA CHAMADO E, COM SEU OLHAR CERTEIRO, ENCONTRAVA O LADRÃO ONDE QUER QUE ESTIVESSE. PARA CONTINUAR REINANDO XANGÔ DEFENDIA COM BRAVURA SUA CIDADE; CHEGOU ATÉ A DESTRONAR O PRÓPRIO IRMÃO, DADÁ, DE UMA CIDADE VIZINHA PARA AMPLIAR SEU REINO. COM O PRESTIGIO CONQUISTADO, XANGÔ ERGUEU UM PALÁCIO COM CEM COLUNAS DE BRONZE, NO ALTO DA CIDADE DE KOSSÔ, PARA VIVER COM SUAS TRÊS ESPOSAS: OYÁ ( YANSÃ ) AMIGA E GUERREIRA; OXUM, COQUETE E FACEIRA E OBÁ, AMOROSA E PRESTATIVA. PARA PROSSEGUIR COM SUAS CONQUISTAS, XANGÔ PEDIU AO BABALAÔ DE OYÓ UMA FÓRMULA PARA AUMENTAR SEUS PODERES; ESTE ENTREGOU-LHE UMA CAIXINHA DE BRONZE, RECOMENDANDO QUE SÓ FOSSE ABERTA EM CASO DE EXTREMA NECESSIDADE DE DEFESA. CURIOSO, XANGÔ CONTOU A YANSÃ O OCORRIDO E AMBOS, NÃO SE CONTENDO, ABRIRAM A CAIXA ANTES DO TEMPO. IMEDIATAMENTE COMEÇOU A RELAMPEJAR E TROVEJAR; OS RAIOS DESTRUÍRAM O PALÁCIO E A CIDADE, MATANDO TODA A POPULAÇÃO. NÃO SUPORTANDO TANTA TRISTEZA, XANGÔ AFUNDOU TERRA ADENTRO, RETORNANDO AO ORUN
  
Xangô
1. Dadá
2. Afonjá
3. Lubé
4. Ogodo
5. Koso
6. Jakuta
7. Aganju
8. Baru
9. Oloroke
10. Airá Intile
11. Airá Igbonam
12. Airá Mofe ou Adjaos 

Estereótipo de Sàngo
O arquétipo de Xangô é aquele das pessoas voluntariosas e enérgicas, altivas e concientes de sua importância real ou suposta. Das pessoas que podem ser grandes senhores, corteses, mas que não toleram a menor contradição, e, nesses casos, deixam-se possuir por crises de cólera, violentas e incontroláveis. Das pessoas sensíveis ao charme do sexo oposto e que se conduzem com tato e encanto no decurso das reuniões sociais, mas que podem perder o controle e ultrapassar os limites da decência. Enfim, o arquétipo de Xangô é aquele das pessoas que possuem um elevado sentido da sua própria dignidade e das suas obrigações, o que as leva a se comportarem com um misto de severidade e benevolência, segundo o humor do momento, mas sabendo guardar, geralmente, um profundo e constante sentimento de justiça.

O tipo psicológico dos filhos de XANGÔ é fisicamente robusto, o queixo forte e voluntarioso, pescoço curto, boca carnuda e sensual. Violentos, orgulhosos, porém sua agressividade não e gratuita: ela se volta contra os maus, pois como XANGÔ, seus filhos são paladinos da Justiça.
 Amalá para Xangô
Ingredientes:
- 500gr. de quiabo
- 01 rabada cortada em doze pedaços
- 01 cebola
- 01 vidro de azeite de dendê
- 250g. de fubá branco
Modo de preparo: Cozinhe a rabada com cebola e dendê. Em uma panela separada faça um refogado de cebola dendê, separe 12 quiabos e corte o restante em rodelas bem tirinhas,
junte a rabada cozida .Com o fubá, faça uma polenta e com ela forre uma gamela, coloque o refogado e enfeite com os 12 quiabos enfiando-os no amalá de cabeça para baixo.
Oferendas a Xangô
12 quiabos;
mel de abelhas;
azeite de oliva;
água;
1 tigela branca.
Modo de fazer: Corte os quiabos em rodelas finas, coloque na tigela com água, ponha um pouco de mel e um pouco de azeite por cima e mexa com as mãos até que se forme uma baba viscosa, enquanto estiver amassando com as mãos vá pedindo o que se quer à Xangô, Depois coloque em um lugar alto.

ORIXÁ OXUM
Dia: Sábado
Data: 8 de dezembro
Metal: Latão e ouro bronze e cobre.
Pedra: Topázio
Cor: Amarelo.
Comida: Omolocum e banana frita.
Símbolo: Obebê
OXUM à ORIXÁ feminino por excelência - o Eterno Feminino. Filha predileta de OXALÁ E YEMANJÁ. Nos mitos, ela foi casada com Oxossi, a quem engana, com Xangô , com Ogum, de quem sofria maus tratos e Xangô a salva.
Seduz Omolu, que fica perdidamente apaixonado, obtendo dele, assim, que afaste a peste do reino de Xangô. Mas Oxum é considerado unanimente como uma das esposas de Xangô e rival de Iansã  e Oba . É um Orixá  das águas doces, fontes e regatos, e dona do Rio Oxum e de todas as águas que nascem na terra. Diz uma tradição esotérica que Oxum é a própria Mãe Terra, um ser vivo que se auto-regula, sendo os rios suas veias.
OXum e essencialmente o Orixá das mulheres, preside a menstruação, a gravidez e o parto. Desempenha importante função nos ritos de iniciação, que são a gestação e o nascimento. Orixá da maternidade, ama as crianças, protege a vida e tem funções de cura. Oxum  à fecundidade e fartura que se manifesta no fruto das águas (peixe) e no fruto da terra (inhame) que estão sempre presentes nos seus cultos. Fecundidade e fertilidade são por extensão, abundância e fartura. Oxum é o Orixá da riqueza - dona do ouro, fruto das entranhas da Terra. É alegre, risonha, cheia de dengos, inteligente, mulher-menina que brinca de boneca, e mulher-sábia, generosa e compassiva, nunca se enfurecendo. Elegante, cheia de jóias, é a rainha que nada recusa, tudo dá. Tem o título de Yalodê entre os povos Ioruba : aquela que comanda as mulheres na cidade, arbitra litígios e é responsável pela boa ordem na feira. Também comanda as feiticeiras, o que só aparece como predileto pelo pássaro - um pombo de olhos vermelhos. Desempenha importante papel no jogo de búzios, pois à ela quem formula as perguntas que Exu responde.
Seu dia à sábado, dia das águas sua cor é o amarelo dourado e o ovo é a ela consagrado por representar a gestação Adora o mel, doce como ela. Quando Oxum dança traz na mão uma espada e um espelho, revelando-se em sua condição de guerreira da sedução. Ela se banha no rio, penteia seus cabelos, põe suas jóias e pulseiras, tudo isso num movimento lânguido e provocante. Orixá do ouro, da bonança, da riqueza, é essencialmente a Mãe - generosa, pródiga.
 
Oxún
1. Abalu (a mais velha de todas) - ABALÔ (carrega ogum é uma iansã)
2. Jumu ou Ijimu (a mãe de todas, estreita ligação com as Ìyámi)
3. Aboto ou Oxogbo (feminina e coquete, ajuda as mulheres terem filhos)
4. Apara (a mais jovem e guerreira)
5. Ajagura (guerreira)
6. Yeye Oga (velha e enquizilada)
7. Yeye Petu
8. Yeye Kare (guerreira)
9. Yeye Oke (guerreira)
10. Yeye Onira (guerreira)
11. Yeye Oloko (vive nas florestas)
12. Yeye ponda (esposa de Oxóssi Ibualama, guerreira e porta um leque)
13. Yeye Merin ou Iberin (feminina e coquete)
14. Yeye Àyálá ou Ìyánlá (a avó, que foi mulher de Ogum)
15. Yeye Lokun ou Pòpòlókun (que não desce sobre a cabeça de suas filhas)
16. Yeye Odo (dos perdões) 

OXUM
Genitora por excelência, ligada particularmente à procriação. Deusa das águas doces, reina sobre os rios, também divindade do ouro e dos metais amarelos. Coquete e vaidosa, foi a Segunda esposa de xangô, tendo vivido anteriormente com Ogun, Orunmilá e Oxóssi. Maternal, carinhosa e muito afeita à crianças, amante da beleza e do adôrno, Também é chamada de Iyalòdè ( título conferido à pessoa que ocupa o lugar mais importante das mulheres perante a sociedade ), Seus assès são pedras do fundo do rio, idès de cobre ou metal dourado, suas contas são amarelo-ouro, sua saudação Ore yèyè o! chamamos a benevolência da mãe. Olorun deu a ela o poder sobre a gestação e a fertilidade dos seres humanos, sendo ligada ao instinto maternal. Oxum protege o ser criado no momento da concepção e período ultra –uterino. Está presente na hora do nascimento e pós parto, tornando-se responsável pela criança o tempo necessário para que ande sozinha. Esse orixá também cuida de todo o orgão reprodutor feminino, bem como o ejè ( sangue ) liberado pelas mulheres no período mestrual. Muitas oferendas são realizadas em sua homenagem com o intuito de possuirem o Dom da gestação e maternidade, ou para pedir a cura de algum mal ginecológico. Os filhos de oxum são vaidosos, coquetes, temperamentais, são o tipo de pessoas que se magoam muito fácil com as coisas, mas perdoam rápido também, pois dificilmente guardam raiva e rancor, são pessoas doces e amigáveis, as vezes ultrapassam um pouco no que falam, e são tomados como faladeiros, se dão por inteiros no amor, e quando amam, amam de verdade. Oxum seria a própria vaidade dita, um dos fatos que nos afirmam isso é em uma cantiga de oxum:
“ Omin rò, arawà, arawá omin rò, orè idè k´omo olorun omin rò arawá...”
Nesta cantiga oxum sacode seus lindos braceletes dados por olorun, amostrando assim à todos a sua vaidade e feminilidade. Oxum é a dona do ekodidè ( espécie de pena de papagaio usado na testa dos iniciados ) e do adoxú ( usado acima do crânio dos noviços ), local consagrado onde se deposita os assès. Contam os mitos que oxum adora saias feitas da folha da bananeira, seu símbolo e o abèbè, seu dia consagrado é o Sábado. Na nação jeje é conhecida como Aziri. 

Estereótipo de Òsun
O arquétipo de Oxum é o das mulheres graciosas e elegantes, com paixão pelas jóias, perfumes e vestimentas caras. Das mulheres que são símbolos do charme e da beleza. Voluptuosas e sensuais, porém mais reservadas que Oyá. Elas evitam chocar a opinião pública, à qual dão grande importância. Sob sua aparência graciosa e sedutora esconde uma vontade muito forte e um grande desejo de ascensão social. 

O tipo psicológico dos filhos de OXUM possuidor de muita beleza física. São bem proporcionados de corpo, geralmente claros e louros. Representa sempre o tipo que atrai e que é, sempre perseguido pelo sexo oposto (não quem conquista como IANSÃ. Aprecia o luxo e o conforto, é vaidoso, elegante, sensual e gosta de mudanças, podendo ser infiel. Mas é calmo, tranqüilo, emotivo, chora facilmente. É astuto, conseguindo tudo que quer com imaginação e intriga. A pesar de ser complacente e pródigo pode vir a ser Interesseiro, preguiçoso e indeciso. É muito desconfiado e possui dor de grande intuição que muitas vezes é posta à serviço da astúcia. 

CARACTERÍSTICAS DOS FILHOS DE OXUM 

O arquétipo psicológico associado a Oxum se aproxima da imagem que se tem de um rio, das águas que são seu elemento; aparência da calma que pode esconder correntes, buracos no fundo, grutas - tudo que não é nem reto nem direto, mas pouco claro em termos de forma, cheio de meandros. Os filhos de Oxum preferem contornar habilmente um obstáculo a enfrentá-lo diretamente, por isso mesmo, são muito persistentes no que buscam, tendo objetivos fortemente delineados, chegando mesmo a ser incrivelmente teimosos e obstinados.

A imagem doce, que esconde uma determinação forte e uma ambição bastante marcante, colabora a tendência que os filhos de Oxum têm para engordar; gostam da vida social, das festas e dos prazeres em geral.
O sexo é importante para os filhos de Oxum. Eles tendem a ter uma vida sexual intensa e significativa, mas diferente dos filhos de Iansã ou Ogum.
Os filhos de Oxum são mais discretos, pois, assim com apreciam o destaque social, temem os escândalos ou qualquer coisa que possa denegrir a imagem de inofensivos, bondosos, que constroem cautelosamente.
Na verdade os filhos de Oxum são narcisistas demais para gostarem muito de alguém que não eles próprios – mas sua facilidade para a doçura, sensualidade e carinho pode fazer com que pareçam os seres mais apaixonados e dedicados do mundo.
Faz parte do tipo, uma certa preguiça coquete, uma ironia persistente porém discreta e, na aparência, apenas inconseqüente. Verger define: O arquétipo de Oxum é o das mulheres graciosas e elegantes, com paixão pelas jóias, perfumes e vestimentas caras.
Até um dos defeitos mais comuns associados à superficialidade de Oxum é compreensível como manifestação mais profunda: seus filhos tendem a ser fofoqueiros, mas não pelo mero prazer de falar e contar os segredos dos outros, mas porque essa é a única maneira de terem informações em troca. 

Oferendas a Oxun
5 batatas doces brancas;
mel de abelhas;
velas amarelas;
prato branco;
fitas coloridas. Modo de fazer: Coloque as batatas para cozinhar em água até que fiquem bem molinhas. Deixe esfriar e amasse estas batatas com mel pedindo o que se quer. Tenha muita concentração em amassar, depois de amassado, coloque no prato e molde um coração com a massa. Depois enfeite com flores e fitas. Ofereça à Oxum em uma lagoa ou riacho. Esta oferenda é muito eficaz em casos amorosos.

COMIDA PARA OXUM
 

OMOLOKUN
Material Necessário:
• Feijão Fradinho
• Cebola                                          
• Camarão Seco Socado
• Azeite-de-Dendê
• 08 Ovos Cozidos

Maneira de Fazer: Cozinha-se o feijão fradinho só em água. Em seguida, tempera-se num refogado de cebola ralada com camarão seco socado de dendê. Coloca-se em uma tigela e enfeita-se por cima com 8 ovos,  descascados. 

 
ORIXÁ ODÉ
Dia: Quinta-feira
Data: 20 de janeiro
Metal: Madeira ( África ), bronze ( Brasil ).
Cor: Azul Celeste Claro.
Fio de Contas: Fio de miçangas azuis-turquesa banhado em água de folha-da-costa.
Pedra: Turquesa
Comida: Ewa ( feijão fradinho torrado no Oberó ( panela de barro ou aguida ), axoxó ( milho com fatias de coco ), papa de cocô e frutas.
Simbolo: Ofá ( Arco e Flecha ), Ogé ( tipo de chifre de boi), Irú ( cetro com rabo de cavalo, boi ou búfalo - espíritos da florestas ).
OXOSSI é o Rei do Keto, filho de OXALÁ e YEMANJÁ ou, nos mitos, filho de APAOKA (jaqueira). É o ORIXÁ da caça; foi um caçador de elefantes, animal associado à realeza e aos antepassados. Diz um mito que OXOSSI encontrou IANSÃ na floresta, sob a forma de um grande elefante, que se transformou em mulher. Casa com ela, tem muitos filhos que são abandonados e criados por OXUM. OXOSSI vive na floresta, onde moram os espíritos e está relacionado com as árvores e os antepassados. As abelhas pertencem-lhe e representam os espíritos dos antepassados femininos. Relaciona-se com os animais, cujos gritos imita a perfeição, e caçador valente e ágil, generoso, propicia a caça e protege contra o ataque das feras. um solitário solteirão, depois que foi abandonado por IANSÃ e também porque na qualidade de caçador, tem que se afastar das mulheres, pois são nefastas à caça.
Está estreitamente ligado a OGUM, de quem recebeu suas armas de caçador. OSSAIN apaixonou-se pela beleza de OXOSSI e prendeu-o na floresta. OGUM consegue penetrar na floresta, com suas armas de ferreiro e libertá-lo. Ele esta associado, ao frio, à noite, à lua; suas plantas são refrescantes. Seu dia é quinta-feira.
Veste-se de azul-turqueza ou de azul e vermelho. Leva um elegante chapéu de abas largas enfeitados de penas de avestruz nas cores azul e branco. Leva dois chifres de touro na cintura, um arco, uma flecha de metal dourado e um IRUKERÉ - chicote de rabo de touro para afastar os antepassados. Sua dança sumula o gesto de atirar flechas para a direita e para a esquerda, o ritmo é "corrido" na qual ele imita o cavaleiro que persegue acoaça, deslisando devagar, às vezes pula e gira sobre si mesmo. É uma das danças mais bonitas do CANDOMBLÉ

Odé
1. Orè ou Orèlúéré 2. Inlé ou Erinlè, ou ainda Age 3.
Ibùalámo 4. Fayemi 5. Ondun 6. Asunara 7. Apala 8. Agbandada 9. Owala 10. Kusi 11. Ibuanun 12. Olumeye 13. Akanbi 14. Alapade
15. Mutalambo 

Estereótipo de Osòsì
O arquétipo de Osòsì é o das pessoas espertas, rápidas, sempre alerta e em movimento. São pessoas cheias de inicitiva e sempre em vias de novas descobertas ou de novas atividades. Têm o senso da responsabilidade e dos cuidados para com a família. São generosas, hospitaleiras e amigas da ordem, mas gostam muito de mudar de residência e achar novos meios de existência em detrimento, algumas vezes, de uma vida doméstica harmoniosa e calma. 

ODÉ
Odé é o orixá das matas e florestas onde vive a caçar; é o protetor dos caçadores; seus filhos são espertos, rápidos e atentos, tomam conta de um lar perfeitamente, buscando tudo para alimentar seus dependentes. Qualquer expedição que envolva caça, é bom oferendar Odé para obter bons resultados.
Este Deus representa a fartura das matas, seu símbolo é o arco e flecha, sua cor é o azul marinho, seu dia da semana é segunda-feira, seu sincretismo no sul é com São Sebastião.

OXOSSI CACADOR, SENHOR DE KETU E DAS TERRAS VIRGENS DIA DA SEMANA: QUINTA ADORNO: OFÁ (ARCO E FLECHA) COR: AZUL-TURQUESA (CANDOMBLÉ). AZUL MARINHO (BATUQUE). SAUDAÇÃO CANDOMBLÉ: OKÊ ARÓ. SAUDAÇÃO BATUQUE: OKÊ EBAMO. DOMÍNIOS: FLORESTAS, MATA ONDE HÁ CAçA . AXÉ FORCA EMANADA: FARTURA INTRODUÇÃO: SENHOR DAS FLORESTAS SEU HABITAT NATURAL, ONDE VIVE E CAÇA. É A DIVINDADE DA HARMONIA E DO EQUILÍBRIO ECOLÓGICO, PROTEGE OS CAÇADORES E A CAÇA AO MESMO TEMPO, NÃO PERMITE A CAÇA PREDATÓRIA. ACEITA SOMENTE A BUSCA DO ALIMENTO. ESTÁ ASSOCIADO COM A VIDA AO AR LIVRE E COM OS ELEMENTOS DA NATUREZA. COMO BOM CAÇADOR, É SOLITÁRIO E INDIVIDUALISTA. MAS NÃO DISPENSA DAS PESSOAS NO CONVÍVIO SOCIAL. E NUNCA VIVE SEM UM GRANDE AMOR. ARQUÉTIPOS: SOLITÁRIOS, NO TRABALHO EXIGEM SILÊNCIO E CONCENTRAÇÃO. OBSERVADORES E JOVIAIS, ÁGEIS E ESPERTOS, ESTÃO SEMPRE ATENTOS. SEUS OBJETIVOS ESTÃO EM PRIMEIRO LUGAR, SÃO LIDERES E INDEPENDENTES AO MESMO TEMPO QUE SÃO PACIENTES COM AS PESSOAS, SÃO RÁPIDOS E ESPONTÂNEOS NAS AÇÕES. COMUNICATIVOS E ORDEIROS, AMANTES E SONHADORES, NO FUNDO SÃO PESSOAS ROMÂNTICAS E VAIDOSAS, QUE PASSAM POR ESNOBES E EXIBICIONISTAS E QUE NECESSITAM DO CONVÍVIO SOCIAL PARA EXERCITAR SUAS QUALIDADES DE LIDERANÇA. LENDAS A CADA ANO, APOS A COLHEITA, O REI DE IJEXÁ SAUDAVA A ABUNDÂNCIA DE ALIMENTOS COM UMA FESTA, OFERECENDO A POPULAÇÃO INHAME, MILHO E CÔCO. O REI COMEMORAVA COM SUA FAMÍLIA E SEUS SÚDITOS; SÓ AS FEITICEIRAS NÃO ERAM CONVIDADAS. FURIOSAS COM A DESCONSIDERAÇÃO, ENVIARAM A FESTA UM PÁSSARO GIGANTE QUE POUSOU NO TETO DO PALÁCIO, ENCOBRINDO-O E IMPEDINDO QUE A CERIMÔNIA FOSSE REALIZADA. O REI MANDOU CHAMAR OS MELHORES CAÇADORES DA CIDADE. O PRIMEIRO TINHA VINTE FLECHAS. ELE LANÇOU TODAS ELAS, MAS NENHUMA ACERTOU O GRANDE PÁSSARO. ENTÃO O REI ABORRECEU-SE, MAS MANDOU-O EMBORA. UM SEGUNDO CAÇADOR SE APRESENTOU, ESTE COM QUARENTA FLECHAS; O FATO REPETIU-SE NOVAMENTE E O REI MANDOU PRENDÊ-LO. BEM PRÓXIMO DALI VIVIA OXÓSSI, UM JOVEM QUE COSTUMAVA CAÇAR À NOITE, ANTES DO SOL NASCER; ELE USAVA APENAS UMA FLECHA VERMELHA. O REI MANDOU CHAMÁ-LO PARA DAR FIM AO PÁSSARO. SABENDO DA PUNIÇÃO IMPOSTA AOS OUTROS CAÇADORES, A MÃE DE OXÓSSI, TEMENDO PELA VIDA DO FILHO, CONSULTOU UM BABALAÔ QUE aconselhou que se FOSSE FEITA UMA OFERENDA PARA AS FEITICEIRAS, ELE TERIA SUCESSO. A OFERENDA CONSISTIA EM SACRIFICAR UMA GALINHA E NA HORA DA ENTREGA DIZER TRÊS VEZES: QUE O PEITO DO PÁSSARO RECEBA ESTA OFERENDA ! NESSE EXATO MOMENTO, OXÓSSI DEVERIA ATIRAR SUA ÚNICA FLECHA. E ASSIM O FEZ, ACERTANDO O PÁSSARO BEM NO PEITO. O POVO ENTÃO GRITAVA: OXÓ WUSSI, (OXÓ É POPULAR) PASSANDO A SER CONHECIDO POR OXÓSSI. O REI, AGRADECIDO PELO FEITO, DEU AO CAÇADOR METADE DE SUA RIQUEZA E A CIDADE DE KETU, "TERRA DOS PANOS VERMELHOS", ONDE OXÓSSI GOVERNOU ATE SUA MORTE, TORNANDO-SE DEPOIS UM ORIXÁ
LOGUN-EDÉ SAUDAÇÃO: LÓCI, LÓCI, LOGUN. CORES: AZUL-TURQUESA E AMARELO (DOURADO). DIAS DA SEMANA: QUINTA-FEIRA. FERRAMENTAS E SIMBOLOS: OFÁ (ARCO E FLECHA), ABEBé (LEQUE). AXÉ (FORCA EMANADA): O MESMO QUE ODÉ E OXUM; DOMÍNIOS: MATA E CACHOEIRAS, BEIRA DE RIO. OFERENDAS: FEIJÃO FRADINHO E MILHO (cozidos) "obs: Não se usa mel nas oferendas de logun-edé;" INTRODUÇÃO: A ÚNICA DIVINDADE HERMAFRODITA DO PANTEÃO. VAIDOSO COMO OXUM E ASTUTO COMO OXOSSI. VIVE NO ÂMAGO DAs FLORESTAS, EM CLAREIRAS À BEIRA DE RIOS. GRANDE CAÇADOR , USA OFÁ (ARCO E FLECHA) QUANDO CAçA, E ABEBÉ (LEQUE) EM SEUS MOMENTOS DE VAIDADE. DORME NAS PROFUNDEZAS DOS RIOS E BANHA-SE NELE PARA MANTER A FARTURA DA PESCA. ARQUÉTIPOS: INCONSTANTES E INDECISOS, REFLETEM O CARÁTER DUALÍSTICO DA DIVINDADE. ENCONTRAM DIFICULDADE EM SITUAÇÕES ONDE É PRECISO SE DEFINIR. POR ISSO, ALÉM DE CARINHOSOS, AMOROSOS E SENSUAIS, SÃO ALTERNADAMENTE, FRIOS E CALCULISTAS. BONITOS,  
O tipo psicológico, do filho de OXOSSI é refinado e de notável beleza. É o ORIXÁ dos artistas intelectuais. É dotado de um espírito curioso, observador de grande penetração. São cheios de manias, volúveis em suas reações amorosas, multo susceptíveis e tidos como "complicados". É solitário, misterioso, discreto, introvertido. Não se adapta facilmente à vida urbana e é geralmente um desbravador, um pioneiro. Muitas vezes exerce um fascínio sobre os rapazes e pode ser homossexual. Possui extrema sensibilidade, qualidades artísticas, criatividade e gosto depurado. Sua estrutura psíquica é muito emotiva e romântica. 

Oferendas a Logun Edé
 
Milho vermelho;
Feijão fradinho;
Azeite de dendê;
Cebola;
Camarão seco socado;
1 Alguidar;
1 inhame;
ovos cozidos;
coco;
mel de abelhas.
Modo de fazer: Cozinha-se o milho vermelho só em água. Separado, cozinha-se o feijão fradinho, também só em água. Refoga-se o feijão fradinho com azeite de dendê, cebola ralada e camarão seco socado. Coloca-se o feijão em uma metade do alguidar e, na outra, o milho vermelho cozido. Frita-se o inhame e coloca-se por cima em fatias, em volta, enfeita-se com ovos cozidos em rodelas, fatias de coco e coloca-se bastante mel de abelhas por cima. Pede-se o que se quer e oferece-se ao Orixá Logun Edé.


ORIXÁ OBÁ
Dia: Quarta-feira
Data: 30 e 31 de maio.
Metal: Cobre
Pedra: Marfim, coral, esmeralda, olho de leopardo.
Cor: Marron rajado.
Comida: Abará ( massa de feijão fradinho enrolado em folhas de bananeira, acarajé e amalá ( quiabo picado ).
Símbolo: Ofange ( espada ) e escudo de cobre.
- Obasy, rio revolto
- Obasy, mística e idosa, com bons costumes, porém, grosseira.
- Obasy, mulher valente, orixá de uma orelha só.
- Obasy, quando em fúria transborda, agita-se.
Obasy é a senhora da sociedade elekoo, porém no brasil esta sociedade está muito restrita, sendo assim , esta sociedade passou a cultuar egungun. Deste modo, obasy é a senhora da sociedade lesse-orixa. Ela é uma das três esposa de xangô. Oxum aconselhou a ela que retirasse uma das orelhas para dar a xangô em um prato de caruru, ela o fez, quando viu que oxum não tinha feito isso antes, evocou-se e as duas brigaram, xangô em sua ira as expulsou de casa, transformando-as em dois rios.
Tudo relacionado a Obasy é envolto em um clima de mistérios, e poucos são os que entendem seus atos aqui no Brasil. Certas pessoas a cultuam como se fosse da família ji, ao passo que outras a cultuam como se fosse um Xangô fêmea. Obasy e ewa são semelhante, são primas e ambas possuem oro omi osun. Ela usa ofá (arco e flecha) assim como Ewa e ambas são identificadas também com Odé. Obasy usa a festa da fogueira de xangô para poder levar suas brasas para seu reino, desta forma é considerada uma das esposas de xangô mais fieis a ele.
OBA é ORIXÁ ligado a água, guerreira e pouco feminina. Suas roupas são vermelhas e brancas, leva um escudo, uma espada, uma coroa de cobre. Usa um pano na cabeça para esconder a orelha cortada. Conta e lenda que OBA, repudiada por XANGÔ. vivia sempre rondando o palácio para voltar.
XANGÔ fica horrorizado com a mutilação e expulsa-a para sempre. 0 tipo psicológico dos filhos de OBA, constitui o estereotipo da mulher de forte temperamento, terrivelmente possessiva e carente. Ao contrário de IANSÃ, é mulher de um homem só, fiel e sofrida. São combativas, impetuosas e vingativas. OBA e um ORIXÁ que raramente se manifesta e há pouco estudo sobre ela. Talvez porque nos dias de hoje, mesmo na África ou Brasil, não há espaço para essas caracteristicas do feminino, que cada vez mais recupera seu poder de YANSÃ.

SAUDAÇÃO: OBÁ Xi (CANDOMBLÉ), EXÓ OBÁ (BATUQUE)
CORES: VERMELHA (CANDOMBLÉ) ROSA (BATUQUE).
DIAS DA SEMANA: QUARTA-FEIRA.
ADORNOS: ESPADA E ESCUDO de cobre.
DOMÍNIOS: ÁGUAS REVOLTAS.
AXÉ (FORCA EMANADA): AMORES IMPOSSÍVEIS, conquistas.

OBÁ 1) Obá Gideo 2) Obá Rewá
OBÁ
Obá, é uma das mulheres de Xangô, Orixá guerreira, que por ser fisicamente forte, é muito respeitada pelos Orixás masculinos; Quando Obá se tornou mulher de Xangô surgiu grande rivalidade com oxum, a qual lhe pregou grande peça que lhe custou a perda de uma das orelhas. Obá reponde pelos amores com perturbações, ciúmes, desonra e falsidade. Para nós aqui no Rio Grande do Sul ela é a dona da navalha, do corte, da roda e da direção. É protetora dos motoristas, as seguranças para automóveis são feitas para Obá; é dona também do enxume. È o Orixá feminino associado as lutas, seu ritual se perdeu com a falta dos antigos sacerdotes, não é muito fácil encontrar filhos de Obá.
Seu dia da semana na nação Ijexá é segunda-feira, sua cor é o marrom é sincretizada com Santa Catarina
Estereótipo de Obà
O arquétipo de Obá é a das mulheres valorosas e incompreendidas. Suas tendências um pouco viris fazem-nas freqüentemente voltar-se para o feminismo ativo. As suas atitudes militantes e agressivas são consequências de experiências infelizes ou amargas por elas vividas. Os seus insucessos devem-se, frequentemente, a um ciúme um tanto mórbido. Entretanto, encontram geralmente compensação para as frustrações sofridas em sucessos materiais, onde a sua avidez de ganho e o cuidado de nada perder dos seus bens tornam-se garantias de sucesso.
0 tipo psicológico dos filhos de OBA, constitui o estereotipo da mulher de forte temperamento, terrivelmente possessiva e carente. Ao contrário de IANSÃ, é mulher de um homem só, fiel e sofrida. São combativas, impetuosas e vingativas. OBA e um ORIXÁ que raramente se manifesta e há pouco estudo sobre ela. Talvez porque nos dias de hoje, mesmo na África ou Brasil, não há espaço para essas caracteristicas do feminino, que cada vez mais recupera seu poder de YANSÃ.
COMIDA PARA OBÁ
Material Necessário:
• Feijão Fradinho
• Cebola
• Camarão Seco Socado
• Azeite-de-Dendê
• Farinha de Mandioca
• 01 Oberó

Maneira de Fazer:
Cozinha-se o feijão em água. Depois, mistura-se num refogado de cebola raladas, camarão seco socado, Azeite-de-Dendê e água. por cima, adiciona-se farinha de mandioca, fazendo um pirão e coloca-se num oberó.
Nota: Conta-se que Obá é a dona do amor e quando se quer solucionar uma questão de amor, oferece-se uma comida desta na beira do lago, com muitas velas e flores. 
Ovos de Obá
Ingredientes:
- temperos verdes
- ovos a vontade
- azeite de dendê
Modo de preparo: reúna numa frigideira uma porção de temperos verdes e faça um refogado com azeie de dendê. Abra os ovos que quiser sobre o refogado, e vá cobrindo essses ovos com o dendê fervente. Quando estiverem duros, coloque-os no recipiente, espere esfriar e entregue ao orixá.


ORIXÁ LOGUN 
Data: 19 de Abril
Metal: ouro, latão
Pedras: Turquesa, topázio.
Cor: Azul celeste e amarelo
Comida: axoxó ( feito com milho amarelo e cocô ) e omolocum ( feito com feijão fradinho e ovos ).
Símbolo: Abebê e Ofá.
LOGUM EDÉ à filho de OXOSSI e de OXUM. É mulher durante seis meses, vivendo na água, e nos outros seis meses à homem, vivendo no mato, Propicia a caça e a pesca. Veste-se como um AYABÁ, com saia cor-de-rosa, usa uma coroa de metal dourado (não o ADÉ das rainhas), um arco e uma flecha. Usa sempre cores claras. Com seu aspecto masculino usa capacete de metal dourado, capangas, arco e flecha ou espada. Sempre acompanha na dança OXUM e OXOSSI. 

O tipo psicológico dos filhos de LOGUM EDÉ é muito orgulhoso de seu corpo - a atual política de cultivo do corpo poderia ser regida por LOGUM EDÉ. É sedutor, vaidoso, preguiçoso e ciumento. São tipos ambivalentes, podendo ser bem educados, bem humorados, refrescantes como a folha de ODUNDUN e a água, mas também serem sombrios como os antepassados. O ORIXÁ LOGUM EDÉ à responsável por tonturas e desmaios o que pode ser confundido com provocações dos EGUNS. Seu culto na África está quase que extinto, porém na Bahia mantem-se vivo. Seus filhos não podem usar vermelho 

Oferendas a Logun Edé
 Milho vermelho;
Feijão fradinho;
Azeite de dendê;
Cebola;
Camarão seco socado;                                                        
1 Alguidar;
1 inhame;
ovos cozidos;
coco;
mel de abelhas.
Modo de fazer: Cozinha-se o milho vermelho só em água. Separado, cozinha-se o feijão fradinho, também só em água. Refoga-se o feijão fradinho com azeite de dendê, cebola ralada e camarão seco socado. Coloca-se o feijão em uma metade do alguidar e, na outra, o milho vermelho cozido. Frita-se o inhame e coloca-se por cima em fatias, em volta, enfeita-se com ovos cozidos em rodelas, fatias de coco e coloca-se bastante mel de abelhas por cima. Pede-se o que se quer e oferece-se ao Orixá Logun Edé.


ORIXÁ NANà
Dia: Sábado
Data: 26 de julho
Metal: Latão
Pedra: Ametista
Cor: Branco com traços azuis ou roxos.
Comida: Aberum ( milho torrado e pilado ) mungunzá.
Símbolo: Ibiri e os Bradjás ( contas feitas com búzios, dois a dois, cruzados no peito, indicandoacendente ou decendente )
NANÃ, divindade dos primórdios da criação, à associado a lama, água e à morte: recebe no seu seio os mortos, tornando possível o renascimento. 0 fato dela ser um continente, associado com processo e interioridade, conecta com o preto, que se expressa no azul-escuro. Por ser força genitora, pertence ao branco. Suas cores são, portanto, a azul e a branca. Seu animal é a rã e o seu dia à a terça-feira.
ORIXÁ da Justiça, NANÃ não tolera traição, indiscrição, nem roubo. Por ser ORIXÁ muito discreto e gostar de se esconder, suas filhas podem ter um caráter completamente diferente do dela. Por exemplo, ninguém desconfiará que uma dengosa e vaidosa aparente filha de OXUM seria uma filha de NANÃ "escondida".

Nàná
1. Ologbo -2. Borokun -3. Biodun -4. Asainán -5. Elegbe -6.
Susure 

 NANÃ
Nanã Buruku ou Buku é considerada a mais antiga das divindades. Muito cultuada na África em regiões como: Daça Zumê, Abomey, Dumê, Cheti, Bodé, Lubá, Banté, Djabalá, Pesi e muitas outras regiões.
Para os fons e ewes, a palavra Nanã ou Nàná é empregada para se chamar de mãe as mulheres idosas e respeitáveis, ou seja, a palavra Nanã significa: "Respeitável Senhora".
Nanã está associada à terra, à água e à lama. Os pântanos e as águas lodosas são o seu domínio.
Como relatei no começo, é a mais antiga das divindades, pois representa a memória ancestral. Mãe de Loko ou Irokô, Omolu e Oxumare ou Becém na dinastia Fon, Nanã está ligada ao mistério da vida e da morte. É a senhora da sabedoria, mais velha que o ferro. Daí, não usar lâminas em seu culto.

Nanã Buruku é o arquétipo das pessoas que agem com calma, benevolência, dignidade e gentileza. Das pessoas lentas no cumprimento de seus trabalhos e que julgam ter a eternidade à sua frente para acabar seus afazeres. Elas gostam das crianças e educam-nas, talvez, com excesso de doçura e mansidão, pois têm tendência a se comportarem com a indulgência dos avós. Agem com segurança e majestade. Suas reações bem equilibradas e a pertinência de suas decisões mantêm-nas sempre no caminho da sabedoria e da justiça. 

Estereótipo de Nànà
Nanã Buruku é o arquétipo das pessoas que agem com calma, benevolência, dignidade e gentileza. Das pessoas lentas no cumprimento de seus trabalhos e que julgam ter a eternidade à sua frente para acabar seus afazeres. Elas gostam das crianças e educam-nas, talvez, com excesso de doçura e mansidão, pois têm tendência a se comportarem com a indulgência dos avós. Agem com segurança e majestade. Suas reações bem equilibradas e a pertinência de suas decisões mantêm-nas sempre no caminho da sabedoria e da justiça. 

NANÃ Senhora da vida e da morte SAUDAÇÃO: SALUBA NANÃ. CORES: ROXO DIAS DA SEMANA: SEGUNDA-FEIRA. DOMÍNIOS: ÁGUAS CALMAS, PROFUNDAS E PARADAS, LODO, PÂNTANOS. AXÉ (FORCA EMANADA): muitos. ADORNOS: IBIRIN INTRODUÇÃO: NANÃ PROPRIETÁRIA DE UM CAJADO. NANÃ SALPICADA DE VERMELHO, SUAS ROUPAS PARECEM BANHADAS EM SANGUE, ORIXÁ QUE OBRIGA O FON A FALAR NAGÔ (KETU). ÁGUA PARADA QUE MATA DERREPENTE, ELA MATA UMA CABRA SEM USAR FACA. é considerada "ORIXÁ MAIS ANTIGO DO MUNDO". QUANDO ORUMILá CHEGOU AQUI PARA FRUTIFICAR A TERRA, ELA JÁ ESTAVA. NANÃ DESCONHECE O FERRO POR TRATA-SE DE UM ORIXÁ DA PRÉ-HISTÓRIA, ANTERIOR A IDADE DO FERRO. O TERMO NANÃ SIGNIFICA RAIZ, AQUELA QUE SE ENCONTRA NO CENTRO DA TERRA. ARQUÉTIPOS: SÃO CONSERVADORES E PRESOS AOS PADRÕES CONVENCIONAIS ESTABELECIDOS PELOS HOMENS. CALMOS, AS VEZES MUDAM RAPIDAMENTE DE COMPORTAMENTO, TORNANDO-SE GUERREIROS E AGRESSIVOS; QUANDO ENTÃO, PODEM SER PERIGOSOS, O QUE ASSUSTA AS PESSOAS. LEVAM SEU PONTO DE VISTA ÁS ÚLTIMAS CONSEQÜÊNCIAS. QUANDO MÃE, SÃO APEGADAS AOS FILHOS E MUITO PROTETORAS. SÃO CIUMENTAS E POSSESSIVAS. EXIGEM ATENÇÃO E RESPEITO, SÃO POUCO ALEGRE E NÃO GOSTAM DE MUITA BRINCADEIRAs. São majestosos e seguros nas ações e procuram sempre o caminho da sabedoria e da justiça. LENDAS: NANÃ ERA ESPOSA DE OGUM E OCUPAVA O CARGO DE JUÍZA NO DAOMÉ. SÓ JULGAVA OS HOMENS, SENDO MUITO RESPEITADA PELAS MULHERES QUE ERAM CONSIDERADAS DEUSAS. ELA MORAVA NUMA BELA CASA COM JARDIM. QUANDO ALGUÉM APRESENTAVA ALGUMA RECLAMAÇÃO SOBRE SEU MARIDO, ELA AMARRAVA A PESSOA NUMA ARVORE E PEDIU AOS EGUNS PARA ASSUSTÁ-LA. CERTA NOITE, YANSAN RECLAMOU DE OGUM E ELE FOI AMARRADO NO JARDIM. A NOITE, CONSEGUIU ESCAPULIR E FOI FALAR COM IFÁ. A SITUAÇÃO NÃO PODIA CONTINUAR E, ASSIM, FICOU ACERTADO QUE OXALÁ TIRARIA OS PODERES DE NANÃ. ELE SE APROXIMOU E OFERECEU A ELA SUCO DE IGBIN, UM TIPO DE CARAMUJO. AO BEBER O PREPARADO, NANÃ ADORMECEU. OXALÁ ENTÃO VESTIU-SE DE MULHER E, IMITANDO O JEITO DE NANÃ, PEDIU AOS EGUNS QUE FOSSEM EMBORA DE SEU JARDIM PARA SEMPRE. QUANDO NANÃ ACORDOU E PERCEBEU O QUE OXALÁ TINHA FEITO, OBRIGOU-O A TOMAR O MESMO PREPARADO DE IGBIN E SEDUZIU O ORIXÁ. OXALÁ SAIU CORRENDO E CONTOU PARA OGUM O QUE HAVIA ACONTECIDO. INDIGNADO, ESTE CORTOU RELAÇÕES COM NANÃ. E É POR ISSO QUE NAS OFERENDAS A NANÃ NÃO É USADO NENHUM OBJETO DE METAL. UMA OUTRA LENDA REGISTRA QUE, NUMA REUNIÃO, OS ORIXÁS ACLAMARAM OGUM COMO O MAIS IMPORTANTE DELES E QUE NANÃ, NÃO SE CONFORMANDO EM SER DERROTADA POR ELE, ASSUMIU QUE NÃO MAIS USARIA OS UTENSÍLIOS DE METAL CRIADOS PELO ORIXÁ GUERREIRO (ESCUDOS E LANÇAS DE GUERRA, FACAS E SETAS PARA CAÇA E PESCA). POR ISSO, QUE ELA NÃO ACEITA OFERENDAS EM QUE APRESENTEM OBJETOS DE METAL.

O tipo psicológico dos filhos de NANÃ à introvertido e calmo. Seu temperamento é severo e austero. Rabugento, é mais temido do que amado. Pouco feminina, não tem maiores atrativos e à muito afastada da sexualidade. Por medo de amar e de ser abandonada e sofrer, ela dedica sua vida ao trabalho, à vocação, à ambição social.

COMIDA PARA NANÃ BURUQUÊ
DAMBORÔ
Material Necessário:
• Folha de Taioba ou Mostarda
• Cebola Ralada
• Camarão Seco Socado
• Azeite-de-Dendê

Maneira de Fazer:
Cozinha-se bem a folha de taioba ou mostarda,e em seguida tempera-se num refogado de cebola ralada, camarão seco socado e Azeite-de-Dendê. 
  
ORIXÁ OBALUAIÊ 
Dia: Segunda-feira
Data: 13 ou 16 de agosto
Metal: Chumbo
Pedra: Ônix, olho-de-gato
Cor: Preto e branco
Comida: Deburú ( pipoca ), Abadô ( amendoim pilado e torrado ), latipá ( folha de mostarda ) e Ibêrem ( bolo de milho envolvido na folha de bananeira ).
Símbolo: Xaxara ou Ilêo
OMULU
OMULU, o Rei da Terra, é filho de NANÃ, mas foi criado por IEMANJA que o acolheu quando a mãe rejeitou-o por ser manco, feio e coberto de feridas. É uma divindade da terra dura, seca e quente. É às vezes chamado "o velho", com todo o prestígio e poder que a idade representa no CANDOMBLÉ. Está ligado ao Sol, propicia colheitas e ambivalentemente detém a doença e a cura. Com seu XAXARÁ, cetro ritual de palha da Costa, ele expulsa a peste e o mal. Mas a doença pode ser também a marca dos eleitos, pelos quais OMULU quer ser servido. Quem teve varíola é freqüentemente consagrado a OMULU, que é chamado "medido dos pobres". Suas cores são o vermelho e o preto e ele usa urna "filha" de palha da Costa (África) que o cobre da cabeça a cintura. Suas relações com os ORIXÁS são marcadas pelas brigas com XANGÔ e OGUN e pelo abandono que os ORIXÁS femininos legaram-lhe. Rejeitado primeiramente pela mãe, segue sendo abandonado por OXUM, por quem se apaixonou, que, juntamente com IANSÃ, troca-o por XANGÔ. Finalmente OBÁ, com quem se casou, foi roubada por XANGÔ. É um ORIXÃ solitário, das ruas, como EXU. Seu dia e segunda-feira, quando se lhe oferece pipocas. Seu animal é o caranguejo. 

Obaluaiê
1. Jagun Agbagba (ligação com Oyá) 2. Omolu 3. Obaluayie 4. Soponna/Sapata/Sakpatá 5. Afoman/Akavan/Kavungo (ligação com Exú) afomo; contagiante,infeccioso 6. Savalu/Sapekó (ligação com Nana) 7. Dasa  8. Arinwarun (wariwaru) título de xapanan 9. Azonsu/Ajansu/Ajunsu (ligação com Oxalá, Oxumare) 10. Azoani (ligação com Yemanjá e Oyá) 11. Posun/Posuru 12. Agoro 13. Tetu/Etetu 14. Topodun 15. Paru 16. Arawe/Arapaná(ligação com oyá) 17. Ajoji/Ajagun (ligação com Ogun, Oxagian) 18. Avimaje/Ajiuziun (ligação com Nana, Ossain) 19. Ahoye 20. Aruaje 21. Ahosuji/Segí (Ligação com Yemanjá, Oxumare/Besén) 

OMULU
OMULU, o Rei da Terra, é filho de NANÃ, mas foi criado por IEMANJA que o acolheu quando a mãe rejeitou-o por ser manco, feio e coberto de feridas. É uma divindade da terra dura, seca e quente. É às vezes chamado "o velho", com todo o prestígio e poder que a idade representa no CANDOMBLÉ. Está ligado ao Sol, propicia colheitas e ambivalentemente detém a doença e a cura. Com seu XAXARÁ, cetro ritual de palha da Costa, ele expulsa a peste e o mal. Mas a doença pode ser também a marca dos eleitos, pelos quais OMULU quer ser servido. Quem teve varíola é freqüentemente consagrado a OMULU, que é chamado "medido dos pobres". Suas cores são o vermelho e o preto e ele usa urna "filha" de palha da Costa (África) que o cobre da cabeça a cintura. Suas relações com os ORIXÁS são marcadas pelas brigas com XANGÔ e OGUN e pelo abandono que os ORIXÁS femininos legaram-lhe. Rejeitado primeiramente pela mãe, segue sendo abandonado por OXUM, por quem se apaixonou, que, juntamente com IANSÃ, troca-o por XANGÔ. Finalmente OBÁ, com quem se casou, foi roubada por XANGÔ. É um ORIXÃ solitário, das ruas, como EXU. Seu dia e segunda-feira, quando se lhe oferece pipocas. Seu animal é o caranguejo.

Essencialmente viril, por ser ORIXÁ fundamentalmente masculino, falta-lhe um toque de sedução e sobra apenas um brutal solteirão. Fenômeno semelhante parece ocorrer no caso de NANÃ: quanto mais poderosa e mais acentuada é a feminilidade, mais perigosa ela se torna e, paradoxalmente, perde a sedução. 

OBALUAYE Jagun Agbagba (ligação com Oyá) Omolu Obàluáyê Soponna/Sapata/Sakpatá Afoman/Akavan/Kavungo (ligação com Exú) afomo; contagiante,infeccioso Savalu/Sapekó (ligação com Nana) Dasa Arinwarun (wariwaru) título de xapanan Azonsu/Ajansu/Ajunsu (ligação com Oxalá, Oxumare) Azoani (ligação com Yemanjá e Oyá) Posun/Posuru Agoro Tetu/Etetu Topodun Paru Arawe/Arapaná(ligação com oyá) Ajoji/Ajagun (ligação com Ogun, Oxagian) Avimaje/Ajiuziun (ligação com Nana, Ossain) Ahoye Aruaje Ahosuji/Segí (Ligação com Yemanjá, Oxumare/Besen )
 
Estereótipo de Obalùayê
O arquétipo de Omulu ou Obaluaye é das pessoas com tendências masoquistas, que gostam de exibir seus sofrimentos e as tristezas das quais tiram uma satisfação íntima. Pessoas que são incapazes de se sentirem satisfeitas quando a vida lhes corre tranqüila. Podem atingir situações materiais invejáveis e rejeitar, um belo dia, todas essas vantagens por causa de certos escrúpulos imaginários. Pessoas que em certos casos sentem-se capazes de se consagrar ao bem-estar dos outros, fazendo completa abstração de seus próprios interesses e necessidades vitais.
 
O tipo psicológico dos filhos de OMULU é fechado, desajeitado, rústico, desprovido de elegância ou de charme. Pode ser um doente marcado pela varíola ou por alguma doença de pele e à freqüentemente hipocondríaco. Tem considerável força de resistência e e capaz de prolongados esforços. Geralmente é um pessimista, com tendências autodestrutivas que o prejudicam na vida. Amargo, melancólico, torna-se solitário. Mas quando tem seus objetivos determinados, é combativo e obstinado em alcançar suas metas. Quando desiludido, reprime suas ambições, adotando uma vida de humildade, de pobreza voluntária, de mortificação. E lento, porém perseverante. Firme como uma rocha. Falta-lhe espontaneidade e capacidade de adaptação, e por isso não aceita mudanças. É vingativo, cruel e impiedoso quando ofendido ou humilhado.
Essencialmente viril, por ser ORIXÁ fundamentalmente masculino, falta-lhe um toque de sedução e sobra apenas um brutal solteirão. Fenômeno semelhante parece ocorrer no caso de NANÃ: quanto mais poderosa e mais acentuada é a feminilidade, mais perigosa ela se torna e, paradoxalmente, perde a sedução. 

COMIDA DE OMOLU E OBALUAIÊ
Doburu
Material Necessário:
• Milho Alho ( para pipoca ) ou milho vermelho
• Areia da praia

Maneira de Fazer:
Numa panela quente com areia da praia, estourar o milho e está pronto o doburu.
Material Necessário:
• Feijão Preto
• Cebola
• ½ K de Camarão Seco
• Azeite-de-dende
Maneira de Fazer:
Cozinha-se o feijão preto, só em água, e depois refoga-se cebola ralada, camarão seco e Azeite-de-Dendê.

Bife com Farofa para Omulu

500g. de farinha de mandioca ou farinha de milho
01 bife de porco ou carré
01 pimentão
01 cebola
01 garrafa pequena de azeite de dendê
Modo de preparo: Misture bem a farinha com uma parte do dendê e coloque num alguidar, ponha o bife, e sobre tudo, a cebola e o pimentão cortados em rodelas, regue com dendê e ofereça ao orixá em seu local de atuação.

Pipoca para Obaluaiye
Ingredientes:
- 300g. de milho pipoca     
- 01 bisteca de porco
- dendê
- côco
- areia de praia/na falta areia fina de construção peneirada.
Modo de preparo: Em uma panela ou pipoqueira, aqueça bem a areia da praia, coloque o milho pipoca e estoure normalmente, Coloque num alguidar. Frite a bisteca no dendê e coloque sobre a pipoca, enfeite com côco cortado em tirinhas.

ORIXÁ EWÁ
Dia: Sábado
Data: 13 de dezembro
Metal: Ouro, prata e cobre.
Cor: Vermelho maravilha, coral e rosa
Comida: Banana inteira feita em azeite de dendê com farofa do mesmo azeite, feijão fradinho.
Símbolo: Ejô ( cobra ) e espada, Ofá (lança ou arpão), cabaça com cabo alongado enfeitado com palha da costa, palmeira de leque, espingarda.
Elementos: florestas, céu rosado, astros e estrelas, água de rios e lagoas.
Região da África: Mahi ou Egbado
Pedras: rubí e quartzo rosa
Folhas: Teteregun (cana do brejo), folha de Santa Luzia, Ojú Orô, Osibatá
Odú que rege: Obeogundá
Domínios: beleza, vidência (sensibilidade, sexto sentido), criatividade
Saudação: Ri Ro Ewá

Orígem e História
Ewá é uma bela virgem que entregou seu corpo jovem a Xangô, marido de Oya, despertando a ira da rainha dos raios. Ewá refugiou-se nas matas inalcançáveis, sob a proteção de Oxossi, e tornou-se guerreira valente e caçadora abilidosa.
Conseguiu frustrar a vingança de Oyá, afastou de si a morte certa. É isso o que mostra um de seus mais belos Orikís:
Era mais do que o medo...Era o medo...
Era a noite, na noite do medo...
Era o vento, era a chuva, era o céu, era o ar...
Era a vingança de Oyá...EpaHei!
Assustava o escuro da noite e assustava a luz azulada dos raios...
O silêncio se ouvia da noite nos pés medrosos
Que corriam sobre as poças de água na areia batida.
Até o silêncio fugia do rugido do trovão...
Era o medo, era mais do que o medo de Ewá
Correndo com os pés descalços sobre as poças de areia batida.
O mar lambia seus pés,
Querendo tragá-la por sua boca faminta de coisas vivas.
A noite engolia em sua goela escura e a vomitava no clarão dos raios...
A luz azulada dos raios brilhando no corpo nú e úmido de Ewá.....

As virgens contam com a proteção de Ewá e, aliás, tudo que é inexplorado conta com a sua proteção: a mata virgem, as moças virgens, rios e lagos onde não se pode nadar ou navegar. A própria Ewá acreditam alguns, só rodaria na cabeça de mulheres vírgens (o que não se pode comprovar), pois ela mesma seria uma virgem, a virgem da mata virgem dos lábios de mel.

Ewá domina a vidência, atributo que o deus de todos os oráculos, Orunmilá lhe concedeu.

Na África, o rio Yewá é a morada dessa deusa, mas sua orígem gera polêmicas. A quem diga que, a exemplo de Oxumaré, Nanã, Omulú e Iroko, Ewá era cultuada inicialmente entre os Mahi e foi assimilada pelos Iorubás e inserida em seu panteão. Havia um Orixá feminino oriundo das correntes do Daomé chamado Dan. A força desse Orixá estava concentrada em uma cobra que engolia a própria cauda, o que denota um sentido de perpétua continuidade da vida, pois o círculo nunca termina.

Ewá seria a ressignificação de Dan ou uma de suas metades --A outra seria Oxumaré. Existem, porém, os que defendem que Ewá já pertencia à mitologia Nagô, sendo originária na cidde de Abeokutá. Estes, certamente, por desconhecer o panteão Jeje --No qual o Vodun Eowa, da família Danbirá, seria o correspondente da Ewá dos Nagô, --Confundem Ewá com uma qualidade de Yemonjá. Erram porque Ewá é um Orixá independente, mas sua orígem não se esclarece sequer entre os Jeje, pois em respeitados templos de Voduns afirma-se que Eowa é Nagô.

Eowá foi uma cobra muito má e por isso foi mandada embora. Acabou encontrando abrigo entre os Iorubás, que a transformaram em uma cobra boa e bela, --A metade feminina de Oxumaré. Por esse motivo, Oxumaré e Ewá, em qualquer ocasião, dançam juntos.

Ewá livra Orunmilá da perseguição da morte.
Orunmilá era um babalaô que estava com um grande problema. Orunmilá estava fugindo da morte, de Icu, que o queria pegar de todo jeito. Orunmilá fugiu de casa para se esconder. Correu pelos campos e ela sempre o perseguia obstinada. Correndo e correndo, Orunmilá chegou ao rio. Viu uma linda mulher lavando roupa. Era Ewá lavando roupa junto à margem. ”Por que corres assim, senhor? De quem tentas escapar?” Orunmilá só disse: ”hã, hã”. Foges da morte? Adivinhou Ewá. ”Sim”, respondeu ele.

Ewá então o acalmou. Ela o ajudaria. Ewá escondeu Orunmilá sob a tábua de lavar roupa, que na verdade era um tabuleiro de Ifá, com fundo virado para cima.E continuou lavando e cantando alegremente. Então chegou Icu, esbaforida. Feia, nojenta, moscas envolvendo-lhe o corpo, sangue gotejando pela pele, um odor de matéria putrefata empestando o ar. A morte cumprimentou Ewá e perguntou por Orunmilá. Ewá disse que ele atravessara o rio e que àquela hora devia estar muito, muito longe, muito alem de outros quarenta rios.


Ewá tirou Orunmilá de sob a tábua e o levou para casa são e salvo. Preparou um cozido de preás e gafanhotos servido com inhames bem pilados. À noite Orunmilá dormiu com Ewá e Ewá engravidou. Ewá ficou feliz pela sua gravidez e fez muitas oferendas a Ifá. Ewá era uma mulher solteira e Orunmilá com ela se casou. Foi uma grande festa e todos cantavam e dançavam. Todos estavam felizes. Ewá cantava: ”Orunmilá me deu um filho”. Orunmilá cantava: ”Ewá livrou-me da morte”. Todos cantavam: ”Ewá livra de Icu”. Todos cantavam: ”Ewá livra de Icu”.
INTRODUÇÃO
Ewa é o orixá da alegria, do belo, dos cantos, da vida e das belezas que a vida nos da. Ewa é quem rege todas as mutações, seja ela orgânica ou inorgânica; é o orixá responsável pela mudança das águas, de seu estado sólido para gasoso ou vice-versa. Ela é quem gera as nuvens e chuvas: quando olhamos para o céu e vemos as nuvens formando figuras, pois ali esta Ewa, dando diferentes formas. Ewa é responsável pelo ciclo interminável de transformação da água em seus diversos estados. Ela esta ligada às mutações dos vegetais e animais; ela esta ligada às mudanças e transformações, seja brusca ou lentas; ewa é o desabrochar de um botão de rosa, ela é uma lagarta que se transforma em borboleta, ela é a água que vira gelo e o gelo que vira água, ela quem faz e desfaz. Ewa é a própria beleza contida naquilo que tem vida é o som que encanta, é a alegria, é a transformação do mal para o bem: enfim ewa é a vida.

ARQUÉTIPO

Os regidos pôr ewa são pessoas extremamente alegres, adoram cantar, dançar e aproveitar no máximo tudo que a vida pode lhes oferecer de bom. São pessoas generosas e bondosas, adoram novidades, são criativas. Porem um pouco volúveis e facilmente mudam de opinião e pensamentos, principalmente com um assunto novo em sua vida. São pessoas que estão sempre modificando as coisa e situações, pois detestam rotina. Além disso são geralmente pessoas dotadas de muita beleza, externa e interna.
 
LENDA
Ewa era caçadora de grande beleza, que cegava com veneno quem se atrevesse a olhar para ela. Ewa casou com Omolu, que logo demonstrou ser marido ciumento. Um dia, envenenado pôr seu ciúme doentio, Omolu desconfiou da fidelidade da mulher e a prendeu em um formigueiro. As formigas picaram Ewa quase até a morte e ela ficou deformada e feia. Para esconder sua deformação, sua feiúra, Omolu então a cobriu com palha da costa vermelha. Assim todos se lembrariam ainda como Ewa tinha sido uma caçadora de grande beleza.

 Características dos filhos de Ewá
Pessoas de beleza exótica, diferenciam-se das demais justamete por isso. Possuem tendência a duplicidade: Em algumas ocasiões podem ser bastante simpáticas, em outras são extremamente arrogantes; às vezes aparentam ser bem mais velhas ou parecem meninas, moças ingênnuas e puras. Apegadas à riqueza, gostam de ostentar, de roupas bonitas e vistosas, sempre acompanham a moda, adoram elogios e galanteios.

São pessoas altamente influenciáveis, que agem conforme o ambiente e as pessoas que a cercam, assim, podem ser contidas damas da alta sociedade quando o ambiente requisitar ou mulheres populares, falantes e alegres em lugares menos sofisticados. São vivas e atentas, mas sua atenção está canalizada para determinadas pessoas ou ocasiões, o que as leva a se desligar do resto das coisas. Isso aponta certa distração e dificuldade de concentração, especialmente em atividades escolares.

OFERENDA:  
egbó (canjica branca), ebe (pudim de inhame), milho, feijão fradinho

SACRIFÍCIO:  
cabra, pato, peixe, galinha d’angola